APOLOGÉTICA GERAL









CIENTOLOGIA – A RELIGIÃO DAS ESTRELAS:


O que John Travolta, Tom Cruise, Michael Jackson, Juliette Lewis, Anne Archer e Lisa-Marie Presley têm em comum? Além da fama e do dinheiro, são adeptos da mesma religião: a Cientologia, cada vez mais famosa entre os artistas de Hollywood. De onde surgiu? O que ensina esse movimento? Por que as pessoas estão dispostas a gastar grandes somas em dinheiro para participar dos seus cursos? Será que os ensinos da Cientologia são compatíveis com a fé cristã? O presente artigo tenciona responder a essas e outras questões.

Polêmica em torno de seu fundador

Fundada em 1954, no Estado da Califórnia (EUA), o idealizador dessa seita é Lafayette Ron Hubbard (1911-1986), filho de um comandante da marinha norte-americana. Segundo publicações da Cientologia ele seria formado em engenharia civil, com especialização em física nuclear, pela Universidade George Washington. “No entanto, os registros da escola revelam que ele cursou apenas dois anos, sendo que o segundo em regime probatório, tendo sido reprovado em física. Afirma-se também que ele teria Ph.D conferido por uma tal Universidade Sequoia da Califórnia, embora não haja provas de que exista uma escola superior com esse nome na Califórnia, qualificada para conceder títulos de doutorado”.1

Hubbard se consagrou nas décadas de 30 e 40 como um prolixo escritor de ficção científica, chegando a escrever cerca de setenta e oito novelas desse gênero e outras obras. A biografia de Hubbard não é a das mais confiáveis, pois alguns de seus familiares resolveram romper com a Cientologia e emitiram depoimentos sobre Hubbard. Para seus seguidores, esses depoimentos não são aceitáveis, porque, segundo afirmam, faltam com a verdade. Entretanto, uma das palavras mais duras ditas sobre Hubbard veio de Ronald DeWolf, um de seus cinco filhos. DeWolf disse que seu pai era “um dos maiores trapaceiros do século”.2

Desde pequeno, Hubbard costumava viajar com seu pai aos países do Oriente, o que despertou o seu interesse por diversas culturas e crenças. Mais tarde, estudou engenharia e física nuclear. Em 1950, ele publica o livro “Dianética: a Ciência moderna e a saúde mental”3, que se tornou uma autoridade da Cientologia. Em 1959, mudou-se para a Inglaterra e, devido à forte oposição às suas idéias, deixou-a em 1966, passando a viver a bordo de um navio de 300 pés chamado Apolo, cercado de discípulos. Em 1967, começou a dirigir a Sea organization (“Organização do mar”), sua congregação religiosa dentro da “Igreja da Cientologia”. No ano de 1975, Hubbard voltou aos Estados Unidos, onde passou a levar uma vida cada vez mais discreta e retirada do público, inclusive de seus familiares. Foi então que começaram a surgir rumores sobre a eventualidade de seu falecimento. Ronald DeWolf entrou com uma petição judicial, num tribunal do Estado da Califórnia, para ser nomeado procurador dos bens do pai, alegando que ele havia morrido.

Todavia, o tribunal descobriu que Hubbard estava vivo, vindo a falecer dez anos depois, mais precisamente em 1985, deixando mais de seis milhões de adeptos no mundo inteiro.

A doutrina da Cientologia

A palavra Cientologia, inventada por Hubbard, vem dos termos latinos scio, que significa conhecer, e logos, razão. Para os cientólogos, a Cientologia é uma religião cujo objetivo é “estudar o espírito, entender a relação de cada um consigo mesmo, com o universo e com outras formas de vida. É uma religião, uma sabedoria e uma ciência”. Na verdade, trata-se de uma corrente de pensamento filosófico-religioso mesclada a técnicas psicoterápicas e doutrina budista.4 Segundo o próprio Hubbard, a religião criada por ele deve despertar no discípulo a consciência de que ele é imortal. É uma mistura de conceitos tirados do hinduísmo e das tradições cabalísticas. A Cientologia serve de base para uma série de técnicas como a psicanalítica (Dianética), e promete aos seus adeptos melhorar sua capacidade de comunicação e diminuir seus sofrimentos, ensinando-o a “lidar com as pessoas e seu meio”.

Fundamentos básicos:

O homem é basicamente bom, composto de três partes: corpo, mente e espírito. É um ser imortal. Sua experiência vai muito além de uma só vida. Sua salvação depende de si mesmo, de seus semelhantes e de sua relação com o universo.

O corpo é um componente indesejado do ser humano.

A mente humana é limitada e não permite ao indivíduo tomar consciência de que ele é destinado a sobreviver. A mente é o sistema de comunicação entre o Thetan e o mundo ambiente.

O espírito (na Cientologia, Thetan) é onisciente e imortal e, através da pista do tempo, percorre várias vidas. O espírito é tudo aquilo que você traz de bom e de ruim desta e de outras vidas. No início, todos os espíritos eram perfeitamente felizes num eterno presente, mas acharam que era uma situação aborrecedora e foi assim que, “para brincar”, criaram o universo. Mas se tornaram vítimas do seu próprio “brinquedo”, esquecendo-se de que o mesmo fora criado por eles.

A teoria na prática

Através de sessões da Cientologia (auditing – Audição), a pessoa passa por sete graus de purificação para libertar-se dos engramas (cicatrizes). No final desse processo, o adepto sai do estágio pré-claro para o claro. Isso, porém, é apenas a primeira etapa da purificação. A segunda é chamada de Operating Thetan (“Espírito operativo”, o qual passaremos, a partir de agora, usar apenas as iniciais EO, quando nos referirmos a ele) que, por sua vez, compreende oito degraus. Nesta segunda grande fase, o Thetan passa a entender que o mundo visível não é uma realidade plena, mas, sim, aparente, e ele (o espírito) já não depende do universo que o cerca: “Uma das mais notáveis qualidades de um Thetan Operacional é a imortalidade pessoal e consciente e a liberdade relativamente aos ciclos do nascimento e da morte”.5

Os cientólogos garantem que um EO pode praticar a exteriorização, ou seja, vaguear com o espírito “fora” do corpo. Nesse estágio, raramente adoece, é menos propenso a acidentes, tem memória total, QI superior a 135, imaginação criativa, vitalidade extraordinária, personalidade magnética, autocontrole, entre outras coisas. Entretanto, quando a morte vem, o Thetan vai para um lugar de descanso (Marte ou Pirinéus, segundo alguns), até que lhe seja atribuído um novo corpo. Um dos aspectos curiosos da Igreja da Cientologia é o fato de que seus membros, sem nenhuma objeção, podem pertencer a outras religiões ao mesmo tempo em que proclamam a reencarnação do espírito, doutrina que se choca com a de outras crenças.

Os degraus finais desta fase (que vai do EO-1 a EO-5, além de outros EOs) são mantidos em segredo pela Cientologia. Os claros que chegam a esse estágio não podem levar os textos para fora das instalações da Igreja e muito menos têm o direito a cópias. Segundo uma reportagem do Washington Post, de 19/08/95, dados recolhidos num tribunal de Los Angeles mostram que os membros que participam dos cursos nas instalações especiais da Igreja têm de aceder com uma zona de acesso restrito, sendo escoltados por seguranças até uma sala fechada, onde podem consultar os textos, mas tudo isso vigiados por câmaras de vídeo. Apesar de todas essas medidas extraordinárias de segurança, críticos e antigos adeptos da Cientologia têm conseguido escapar ao cerco e distribuído os textos secretos da seita (o que leva a Igreja a tomar certas medidas).

Um dos cursos secretos que demonstram a pura fantasia dos ensinos da Cientologia é o EO-3, que cobre supostos acontecimentos de 75 milhões de anos atrás. Nesse período, teria ocorrido um problema de superpopulação na “Federação Galática” (composta por 76 planetas), e o seu oficial Xenu teria sido escolhido para resolver o problema. Aparentemente, Xenu decidiu “congelar” milhões de seres e trazê-los à terra, mais precisamente no Havai e Las Palmas, onde as explosões nucleares, provocadas por oito vulcões, restauraram somente os espíritos dos exterminados. Os seres humanos seriam compostos por esses espíritos (e por alguns maus espíritos, os Body Thetans), e Xenu, capturado e aprisionado pelo seu crime. Quem sabe seja por isso que a capa do livro “Dianética” tem a imagem de um vulcão. Ao que tudo indica, todas essas coisas não passam de uma versão simples de alguns dos conceitos da Cientologia. Seus adeptos contam com grandes e numerosos volumes de literatura para que possam expandir-se nessas “ficções científicas”.

A Cientologia e o cristianismo

Embora haja por parte dos cientólogos considerável esforço em conciliar os ensinos de Hubbbard com o cristianismo (como se vê em diversas de suas publicações, como, por exemplo, a brochura intitulada Cientologia e a Bíblia), a verdade é que existe um enorme disparate entre a Palavra de Deus e os ensinos de Hubbard. Vejamos alguns:

Deus

Devido ao seu caráter eclético, a Cientologia tem procurado, nos últimos anos, assim como a Maçonaria, designar Deus simplesmente como “Ser supremo”, “Força de vida”, a fim de facilitar a entrada de pessoas de qualquer segmento religioso. Adotam, ainda, a posição politeísta: “Existem deuses que estão acima de todos os outros deuses, e deuses além dos universos”.6 Em toda a Bíblia encontramos uma afirmação inflexível a favor do monoteísmo e da singularidade do Senhor Deus (Is 43.10,11; 44.6,8; 45.5, 21,22). O apóstolo Paulo é muito claro e enfático ao afirmar que, no que diz respeito ao mundo, “há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai de quem são todas as cousas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo” (1Co 8.5,6).

O lugar de Cristo

Hubbard formou o pensamento da Cientologia sobre Jesus Cristo tomando emprestado o mesmo ensino do Budismo, do Hinduísmo, do Taoismo e do Judaísmo: “teoria moral”, que defende a idéia de que Jesus é apenas um exemplo de fé, de moral e de conduta. “Nem o senhor Buda e nem Jesus Cristo eram ‘espíritos operativos’ (do nível mais elevado), de acordo com as evidências. Eram apenas uma sombra limpa acima”.7 Não compactuamos com esses ensinos da Cientologia, pois a Bíblia proclama que Jesus é o Filho de Deus, sendo vero e eterno Deus, de uma só substância com o Pai e igual a Ele. O único mediador entre Deus e os homens. Em todo o registro da vida do Senhor Jesus Cristo em suas palavras e ações, encontramos sua singularidade. No livro de Atos, Ele é chamado, muitas vezes, de o “Santo”, o “justo” ( Is 9.6; Jo 1.1, 18; 8.58; 20.28; 1Jo 5.20; Fp 2.6; 2Pe 1.1; Hb 1.8-12; Tt 2.13; Rm 1.3,4; 1Tm 2.5; 1Pe 2.22; 1Jo 3.5; Hb 7.26; At 2.27; 3.14; 4.30; 7.52; 13.35).

Hubbard fez várias declarações infundadas sobre Jesus. E uma delas foi que “Jesus era membro da seita dos essênios, que cria na reencarnação”.8 Os essênios9 tinham um sistema de vida profundamente ascético, alimentavam-se frugalmente e possuíam um “Manual de Disciplina” que estabelecia regras para a vida da comunidade quanto ao que se podia comer ou não. Não aceitavam o sacrifício de animais. Impunham o celibato para seus membros, entre outras crenças. Basta uma leitura imparcial das Sagradas Escrituras para vermos que Jesus não era um “essênio”. Jesus não se apartava do povo, não tinha restrições quanto à comida, chegando ao ponto de ser acusado pelos judeus: “Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!”. Os “essênios” primavam pela pureza exterior. Ao serem os discípulos acusados de comer sem lavar as mãos, Jesus os defendeu, dizendo: “Convocando ele, de novo, a multidão, disse-lhes: Ouvi-me todos, e entendei. Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do homem é o que o contamina” (Mc 7.14,15).

Os essênios não criam na ressurreição do corpo. Não podiam harmonizar a idéia de um espírito puro reunido a um corpo de substância material, já que esta era má. Ao contrário, Jesus ensinou claramente que lhe era necessário sofrer muitas coisas e, por fim, ressuscitar: “Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos” (Mc 9.9).

Jesus se opôs à reencarnação (Jo 9.1-3) e ensinou a impossibilidade de qualquer pessoa se salvar por ela (Mt 25.34, 41, 46). Em lugar de ensinar a preexistência de todas as almas, como é próprio da Cientologia, Jesus afirmou que era o único que preexistiu de fato, e não estava em um estado reencarnado: “Vós sois cá debaixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou” (Jo 8.23).

O homem não veio de uma “estação de implante” de outro planeta. O homem é deste mundo, unicamente da terra. O gênero humano começou na terra, com a criação de Adão.10

Desprezo pelo corpo

Ao expressar o conceito que tem sobre o corpo, a Cientologia revela a origem de suas crenças. Ela diz que nós não pertencemos a esse corpo físico, pois é mau. Esse ensino, no entanto, é idêntico ao pensamento gnótisco11. Os gnósticos pregavam um dualismo entre a matéria e o espírito, advogando que a matéria criada era má. A encarnação, a ressurreição e a ascensão de Cristo são essenciais ao entendimento e à fé cristã, pois mostram que não há lugar para essa torpe dicotomia entre o espiritual e o material. O cristão aceita o fato de que corpo, além de criação de Deus, é habitação do Espírito Santo (1Co 6.19). Somos instados a glorificar a Deus com o nosso corpo (1Co 6.20).

Tiago 2.26, diz: “...o corpo sem espírito é morto...”. A formação do homem, desde a criação de Adão, demanda um corpo, bem como um espírito, para que ele fosse uma “alma vivente” (Gn 2.7). Um dos propósitos da futura ressurreição do corpo do cristão é reunir o corpo e o espírito, formando um ser completo. 

O caminho da salvação

Como vimos, a Cientologia crê que o homem é “basicamente bom”, “sem pecado”. Portanto, segundo afirmam, “é desprezível e completamente abaixo de todo desprezo falar para um homem que ele tem de se arrepender, que ele é mau”.12 Na visão da Cientologia, o homem tem apenas cicatrizes (Engramas), e é justamente isso que o impede de descobrir e exercitar “seu poder inerente”.

À medida que a pessoa se submete às sessões de “audição”13, em tese ela estará purificando sua mente dos ferimentos e das chagas que tenha contraído em suas existências anteriores à atual, a fim de chegar a uma conscientização de sua divindade.

Contrastando essa doutrina absurda, Jesus Cristo ensinou que o homem tem um grave problema: o do pecado, e está incapacitado de resolvê-lo por si mesmo. Jesus disse que o homem é mau por natureza (Mt 12.34; 7:11). Falou, ainda, que do interior do homem procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mt 15.18,19). Seu primeiro sermão foi uma exortação ao arrependimento (Mt 4.17). A pregação de João Batista (Mt 3.2), dos Doze (Mc 6.12), de Pedro no Pentecoste (At 2.38) e de Paulo aos gentios (At 17.30; 26.20) continha mensagens com forte apelo ao arrependimento para que houvesse remissão de pecados. A mensagem do arrependimento deveria ser levada por todo o mundo (Lc 24.47). Nossos irmãos, num passado não tão distante, compuseram uma magistral definição de arrependimento que os cientólogos deveriam atentar. Vejamos:

“Por ele um pecador, movido pelo que vê e sente, não só diante do perigo, mas também diante da imundícia e odiosidade de seus pecados, como sendo contrários à santa natureza e à justa lei de Deus, e na apreensão de sua misericórdia em Cristo destinada aos que são penitentes, de tal maneira se entristece e odeia seus pecados, que, deixando-os, se volta para Deus, propondo-se e diligenciando-se por andar com Ele em todas as veredas de seus mandamentos” (Confissão de Fé Westminster – Cap. XV, seção II).14

“Vasos rotos”

Os cientólogos precisam ouvir a mensagem do evangelho da graça do Senhor Jesus Cristo. Precisam ser despertados do fascínio do “budismo tecnológico” e romper com esses “vasos rotos” (Jr 2.13), inúteis e vazios, sem água, devendo trocá-los pela fonte da vida, da qual fluem rios de água viva (Jo 4.14).


ARTE MAHIKARI – LUZ DA VERDADE?



Do início do século 19 até os anos 50, o budismo era uma religião extremamente restrita aos imigrantes e descendentes japoneses, mas, nos últimos anos, ganhou uma extraordinária legião de brasileiros de origem ocidental. Uma das seitas budistas bem expressivas no Brasil é a Arte Mahikari. A história dessa sociedade religiosa começa com algo sobrenatural. Vejamos!

Tóquio. O ano era mais ou menos 1901. A esposa de um oficial do Exército Imperial Japonês deu à luz uma criança do sexo masculino. Um pouco antes do menino nascer, a mãe teve uma revelação, através de um sonho, na qual um rato, com pêlos amarelos e brancos, vindo do Grande Templo de Izymo, mordeu um dos dedos do seu pé esquerdo. Ao despertar do sono e abrir os olhos, ela sentiu que esse membro do seu corpo doía fortemente, tal como havia acontecido no sonho, o que a levou a crer que algo de sobrenatural acompanharia a vida dessa criança.

Okada Yoshikazu (mais tarde conhecido como mestre Kôtama Okada ou Sukuinushi-Sama), fundador da Arte Mahikari, nasceu de família Samurai. Seu avô foi tutor dos feudos dos senhores do Castelo de Nakavama. Seu pai continuou na profissão da família até 1868, quando se juntou à família Imperial. Foi nessa direção que orientou seu filho Okada. O jovem entrou na Academia e, depois de formado, serviu na Guarda Imperial dos Impérios Taisho e Showa. Durante a guerra no Pacífico, servindo na Indochina, Okada caiu do cavalo, ferindo-se gravemente. Ao retornar ao Japão para tratamento, os diagnósticos médicos constataram que ele estava com tuberculose na espinha e, devido a essa enfermidade, tinha apenas três anos de vida. Esta foi a primeira ocasião em que Okada se viu diante dos poucos recursos que a medicina ocidental poderia lhe oferecer. Após sair do hospital, resolveu tornar-se empresário. O ramo que escolheu foi a fabricação de peças para aviação. Seus planos, porém, foram frustrados pelo bombardeio em Tóquio, em 1945. Diante disso, ele se voltou para a religião, tornando-se membro da Igreja Messiânica Mundial (Sekay Kyusei Kyo), fundada por Mokiti Okada.

A história do surgimento da Arte Mahikari é a seguinte: no alvorecer do dia 27 de fevereiro de 1959, Sukuinushi-Sama recebeu a primeira revelação para iniciar a Arte Mahikari. Em 13 de junho de 1974, Sukuinushi-Sama foi determinado a transferir sua missão à sua filha Keushu Okada, vindo a falecer no dia 23 do mesmo ano. 

O que é a arte marikari?

A palavra “mahikari” é formada por dois vocábulos: MA (que significa verdade) e Hikari (que quer dizer luz); ou seja, “luz da verdade”, energia vinda da 7ª. dimensão pela palma da mão. É dessa forma que se lê a respeito da Arte Mahikari:

“A Arte Mahikari foi enviada por Deus através do Grão Mestre Kotama Okada; uma dádiva divina, pela qual recebemos a Luz que emana do Deus Supremo e irradiamo-la a terceiros. No passado, Deus havia concebido certas artes de pôr e também de impor a mão, mas como Arte Mahikari nenhuma jamais foi antes liberada por Deus. À luz da Bíblia, encontramos a descrição de inúmeros milagres operados por Jesus Cristo, onde podemos notar que, no início, Jesus usava o método da sobreposição da palma da mão, alterando-o posteriormente para imposição da mão” (Mahikari Responde, p.13, pergunta 6)

Que tipo de religião é a Arte Mahikari?

“...é uma religião, porque Deus está presente. É a Luz de Deus. Há cura, há amor, há Luz, há tudo isto. Mas não há dogma, códigos sociais e tudo o mais que exige que as pessoas se conformem e não façam outras coisas” (Entrevista concedida pelo dr. A. K. Tébecis, médico-fisiologista e dirigente da Mahikari em Melbourne, Austrália, em Junho de 1977).

Trata-se, porém, de uma religião ecumenista, como podemos ver a seguir:

“...qualquer um pode aderir: cristãos, budistas ou mesmo pessoas que não acreditam em Deus. Ela incorpora princípios da ciência. Existe um balanço do positivo e negativo – a cruz. Um dos símbolos de Mahikari é, na verdade, a cruz: vertical em vermelho, horizontal em azul. Fogo-água, espiritualidade-materialismo...” (Entrevista do dr. A. K. Tébecis).

Mas, para despistar os incautos que já têm religião, a Arte Mahikari alega:

“Por razões burocráticas, há necessidade de registrar a nossa entidade como sendo de caráter religioso, contudo não pertencemos a nenhuma das outras religiões, isto é, somos independentes. O Sukuinushi-Sama, que nos orientou, divulgou os ensinamentos e a Arte Mahikari fundamentando-se nas revelações divinas que recebeu” (Mahikari Responde, p. 27, pergunta 26).

E mais:

“Quando adotamos esta doutrina não devemos abandonar as demais crenças? Existem religiões que não admitem a existência de nenhuma outra, considerando serem os ensinamentos errôneos, exigindo que se abandone toda a crença anterior. Na nossa entidade – Mahikari – não existe tal imposição” (Mahikari Responde, p. 29, pergunta 29).

Mas, quanto a esse tipo de argumento, vejamos o que a Bíblia tem a dizer:

“Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”, Amós 3.3 (Ver também Mt 6.24, Sl 106.35 e At 2.42). Logo, é falso o ensino de que toda crença em Deus lhe é aceitável, se praticada com sinceridade, e de que todas as religiões, ainda que tenham instruções divergentes, podem se unir a fim de atingir um bem comum.

O desenvolvimento da Arte Mahikari

“No Japão, acredito que existem cerca de 300 mil membros. Está espalhando assustadoramente. Milhares de pessoas fazem o seminário todos os meses. Há centenas de nú cleos Mahikari no Japão. O primeiro núcleo estrangeiro foi em Paris. Na verdade, há muitos outros núcleos na França. Bélgica tem dois. Suíça tem um. Dois no Canadá. Cerca de seis mil na América do Norte e na América Central. Na América do Sul é muito ativa, incomumente ativa principalmente no Brasil” (Entrevista do dr. A. K. Tébecis).

No Brasil, a Arte Mahikari conta com 54 templos (os dojôs), cuja sede encontra-se na Rua São Joaquim, 105, bairro da Liberdade, em São Paulo. Trata-se do Dojô Intermediário de São Paulo, com cerca de 10 mil membros. As atividades da Arte Mahikari em terras brasileiras tiveram início em 1973.

Seu templo mundial (Suza) foi inaugurado em 1984 na terra sagrada de Takavama, Japão: “Inaugurado em 1984, Suza resplandece majestosamente como o Templo do deus Su, para onde devem convergir os povos da terra, sem distinção de cor, credo ou ideologia, irmanados na sua única e real condição de filhos de Deus verdadeiramente voltados a Deus” (Entrevista do dr. A. K. Tébecis)

Um novo messias?

“Certamente que o senhor Sukuinushi-Sama (Okada), fundador de Mahikari, não é Cristo. Ele nunca fingiu ser. Mas ele é como o primeiro Messias da Nova Era” (Entrevista do dr. A. K. Tébecis)

Embora Sukuinushi-Sama, como lemos, não se identifique como sendo Cristo, ele não abre mão de se autodenominar de o “Messias da Nova Era”. Naturalmente, isto o enquadra no texto de l Jo 2.18, que diz: “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora”.

O que pensa a Arte Mahikari a respeito de Cristo?

Cristo é igualado a qualquer fundador de religião. Eis o que afirmam:

“Buda e Jesus Cristo conheciam também o segredo desta Arte e a praticaram para acalmar e curar os homens. Aplicando e recebendo freqüentemente a luz divina é possível resgatar muitos erros das vidas anteriores” (Folheto-Convite).

E não param por aí. Continuam falando de Cristo ligando-o a Buda.

“Para divulgar a sua doutrina, Jesus realizava milagres. Dizia a seus discípulos: ‘Procurem a salvação dos homens antes de doutriná-los’. O mesmo aconteceu com Buda que, através da utilização da força espiritual, curava os enfermos ao mesmo tempo que difundia o budismo. O cristianismo e o budismo seriam ensinamentos fracos porque fizeram uso do milagre para sua propagação” (Mahikari Responde, p. 25, pergunta 23).

Desde o início de seu ministério, Jesus Cristo demonstrou sua deidade absoluta, e fez isso operando milagres que só Deus poderia realizar. 

Jesus demonstrou sua deidade absoluta curando o povo: Mt 8.2-4,5-13, 14-17; 9.20-22; 12.9-13; Mc 2.3-12; 7.32-37; Lc 17.11-19; 22.47-51; Jo 5.1-9; 9.11.

Jesus demonstrou sua deidade absoluta ressuscitando os mortos: Mt 9.18- 26; Lc 7.11-15; Jo 11.1-44. 
Jesus demonstrou sua deidade absoluta controlando a natureza e os seus elementos: Mt 14.22-33; Mc 4.35-41; Jo 2.1-11; 6.1-14 

Jesus demonstrou sua deidade absoluta perdoando pecados, os quais só Deus poderia perdoar: Mc 2.5-7; Lc 7.48-49. 

Jesus demonstrou sua deidade absoluta conhecendo os pensamentos e as intenções dos homens: Mt 9.4; 12.25; Lc 6.8; 9.47.

Ao proceder dessa forma, Jesus Cristo assumiu a responsabilidade exclusiva da salvação da humanidade: Jo 3.16 e At 4.12.

Mas, e se alguém surgisse com sinais e prodígios e nos levasse a admitir outros deuses, entre os quais o deus Su? O que a Bíblia diz a respeito? A resposta encontra-se em Deuteronômio13.1-5.

Fontes de autoridade religiosa

São três as fontes de autoridade religiosa dos seguidores da Arte Mahikari. A saber:

a) o GOSEIGEN - Livro de orações.
b) a Bíblia.
c) os sutras budistas.

“Tanto a Bíblia como os 48 volumes dos sutras budistas são bastante volumosos. No entanto, nesses livros foram revelados apenas fragmentos. Se se pensar que cada um deles constitui o todo, isto será um ato de orgulho, de vaidade, será uma falta que se estará cometendo para com Deus. Por essa razão, é chamado de GA (...) Sukuinushi-Sama recebeu o ‘espírito da verdade’, ou seja, recebeu a sagrada missão de YO” (Jornal Mahikari, 6/11/1988, nº 4, p. 8).

Considera-se, ato de orgulho, de vaidade, admitir que tanto a Bíblia como os sutras budistas constituem “o todo”. Mas a Bíblia, e somente ela, de fato, constitui “o todo” (Ap 22.18; 2 Tm 3.16,17).

Paraíso na terra

“Se Deus é Todo-Poderoso, não poderia fazer surgir o paraíso terrestre? Segundo a ciência moderna, a vida terrestre deve estar em torno de quatro a cinco bilhões de anos. No decurso desse longo espaço de tempo foi criado o oxigênio, a água, surgiram os vegetais, a compactação do solo foi realizada por animais gigantescos, enfim, muitos preparativos foram feitos até o aparecimento do homem. Deus necessitou despender ‘grandes esforços’ para fazer desenvolver e evoluir o homem sobre a face da terra até o estágio atual. O homem, em sua capacidade espiritual, está muito longe de poderes divinos, porém recebeu uma grande habilidade em manipular a matéria. Deus pretende que o homem, a quem concebeu esta particularidade, desenvolva, com sua própria força, os recursos existentes na terra e construa, por meios materiais, o paraíso terrestre, que jamais se tornará realidade se não for feito pelo homem. Assim, exigir que tudo nos seja concedido sem qualquer esforço e merecimento é absolutamente impróprio e impossível” (Mahikari Responde, p. 43, pergunta 50).

A idéia de um paraíso na terra é um velho sonho que não será realizado por meio dos homens. A Bíblia ensina que esse período áureo de mil anos na terra só se tornará possível depois da prisão de Satanás no poço do abismo, quando, então, estará impedido de agir sobre a humanidade (Ap 20.1-3). Cumprir-se-á, nessa ocasião, a profecia de Daniel 2.44: “Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre”.

Segundo Isaías 11.6,8, as mudanças que hão de ocorrer na natureza dos animais nesse período serão plenamente perceptíveis. Jesus ensinou que, à medida que os dias da sua volta se aproximassem, o mal teria um progresso muito grande, repetindo-se em maior escala o instinto sangüinário do homem antdiluviano (Mt 24.37-39). Logo, é impossível esperar que o homem “construa, por meios materiais, o paraíso terrestre, que jamais se tornará realidade se não for feito pelo homem”. Pelo homem, e dizemos isso à luz da Bíblia, o sonho de realizar um paraíso na terra jamais será possível, até porque o estado eterno do homem será o paraíso celestial, que está além de tudo aquilo que ele já tem visto e ouvido (Fp 3.20-21; Jo 14.2-3).

Origem das superstições

Babilônia é o berço da religião pagã e a Arte Mahikari, além de ser uma delas, está envolvida com o ecumenismo, pois se apresenta com recursos ligados ao paganismo: talismã, feitiços, malefícios, amuletos, necromancia etc. A única coisa diferente em sua prática são os títulos dados aos objetos sagrados que utiliza: o Omitama e o Goshintai, plaquetas especiais com o nome dos antepassados (“ihais”), sem contar os alimentos.

A luta inicial do cristianismo foi precisamente contra tais práticas. Conferir Atos 14.15-16 e 19.19.

O sentimento religioso está arraigado na natureza do homem. Se esse sentimento não for devidamente orientado ou se for desviado por outros sentimentos ou pela própria obstinação e pertinácia do homem, mesmo assim não deixará de existir, mas acabará se tornando em superstição (Rm 1.23).

As religiões de mistérios continuam crescendo cada vez mais. E alegam possuir o segredo de Deus e o acesso ao seu poder através das experiências místicas: mantras, amuletos etc, declarando guerra à razão e à verdade que está somente em Jesus Cristo. O que os cristãos devem fazer diante dessa avalanche de seitas místicas? Sigamos a sábia sugestão do escritor cristão John F. Macarthur Jr.: “Não existe plano mais alto, nenhuma experiência sobrepujante ou vida profunda. Cristo é tudo em todos. Agarre-se a Ele. Cultive o seu amor por Ele. Somente nele você é completo”.

Da Bíblia, devemos seguir o seguinte conselho: “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes” (Tt 1.9).

 

  


ANOMALIA ENTRE AS SEITAS

A proliferação de manifestações religiosas e exóticas


O que você diria de pessoas que adoram legumes, bebem sua própria urina, se alimentam de luz e/ou ainda adoram astros da mídia? Que perderam a razão? Que são visionárias ou devotas? Independente do que sejam, o certo é que todos os anos milhares de pessoas em todo o mundo trocam sua religião oficial por cultos estranhos. Essas novas seitas caminham paralelamente com as grandes religiões e possuem objetivos pouco claros, provocando desvios comportamentais autênticos e atitudes patológicas extremamente preocupantes.

O último censo do IBGE mostrou que 2,3% da população brasileira professa uma “outra religiosidade”. Fanáticos religiosos não faltam no mundo atual, por isso um grupo de autoridades do Chile, comissionadas para investigar o fenômeno, chegou à conclusão de que o perfil de uma seita envolve fanatismo, obediência incondicional, exclusividade do grupo e liderança messiânica. Mas há alguns grupos (ou seitas) que se destacam devido às suas práticas anômalas, promovendo cultos com elementos que se afastam dos padrões convencionais.

Sabemos que devemos respeitar aqueles que pensam e crêem diferente de nós, afinal, a liberdade religiosa é uma questão que toca a todos, indistintivamente. No entanto, não podemos confundir as coisas, a ponto de sermos ingênuos e tolerarmos as ações irracionais de tais grupos e seus cultos excêntricos.

Culto

O termo “culto” denota basicamente dois possíveis significados inter-relacionados:

1) Adoração ou homenagem a uma divindade.

2) Ritual ou liturgia; ou seja, o modo de exteriorizar esta adoração.

A primeira significação refere-se à natureza do culto propriamente dito, enquanto a segunda traduz a formalização que pode ou não estar associada com o pensamento e doutrina que emerge dele.

O culto está essencialmente ligado à religião, e como esta possui uma conotação de ligação do indivíduo à divindade (do latim religare), o culto atua então como o meio pelo qual se consegue pôr em prática a religião.

Também se enquadram neste contexto a adoração devotada às forças da natureza, aos animais e aos astros celestes.

Quando um culto gera uma seita

Um culto pode gerar uma seita quando determinado grupo de pessoas se reúne de modo organizado, ou, talvez, quando parte desse grupo se desintegra, formando subgrupos dissidentes. Neste caso, temos, na acepção do termo, uma seita.

A terminologia sofreu várias modificações morfológicas em sua etimologia através dos tempos. De partido ou facção, recebeu uma conotação pejorativa de não-ortodoxia, doutrina falsa, crença heterodoxa. No contexto cristão, refere-se a toda e qualquer doutrina (pensamento ou prática) que contraria a Palavra de Deus.

À psicoteologia das seitas encontra-se ligado o fenômeno do fanatismo, conseqüência da contracultura pregada por elas. Nestas últimas décadas, tem havido uma superpromoção desses cultos. Enquanto uns são amplamente aceitos na sociedade, outros são marginalizados. Enquanto alguns causam grande sofrimento, outros são aparentemente benéficos ou até patéticos.

Absurdos teológicos

Os absurdos ou aberrações são o mesmo que distorções, anormalidades, defeitos que se apresentam. As seitas produzem incessantemente tais desvios teológicos e muitas delas podem até conduzir seus fiéis ao suicídio coletivo. Steve Hassan, ex-membro da seita do reverendo Moon (Igreja da Unificação), hoje pesquisador de cultos e seitas que realizam algum tipo de controle mental, explica o porquê de as pessoas aceitarem facilmente uma doutrina aberrante. Segundo ele, “as seitas operam na personalidade da pessoa, desligando-a de sua vida anterior, fazendo-a redefinir suas crenças e valores de acordo com as normas estipuladas pelo grupo”.1 

A seguir, breves exemplos dos cultos anômalos desses novos movimentos religiosos.

Cultos excêntricos

É incrível como as pessoas estão propensas a exercer fé nos mais estranhos tipos de deuses. Quando tocamos neste assunto, obviamente nos vem à mente alguns exemplos de cultos anormais, porém, os exemplos que seguem são tão excêntricos que desafiam os limites do que consensualmente denominamos de anormal. Vejamos:

• Culto à cebola

Existe um grupo em Paris, França, que cultua a cebola. É isso mesmo. Estamos falando de um legume, considerado pelos adeptos como “bulbo divino”. A liturgia do culto é a seguinte: as pessoas se reúnem em volta de uma cebola e vão descascando-a lentamente, camada após camada, até chegarem ao talo, que, segundo crêem, é a parte mais importante do ritual. O indivíduo que estiver em concentração e contemplar a sagrada gastronomia, alcançará a pureza espiritual.2 

• Adoradores do umbigo

Este culto também gira em torno da meditação, sendo que, desta vez, o deus venerado é o ventre, ou melhor, o umbigo. Dentro do templo, com as portas fechadas e um ambiente repleto de incenso, sob um calor quase insuportável, o grupo (também francês) se concentra em seus próprios umbigos. Acreditam que, pela meditação profunda, poderão regredir, por meio do seu próprio cordão umbilical, até o umbigo de Adão, onde, dizem, encontrarão a paz do paraíso original.3 

• Ingestão de excrementos

Algumas seitas esotéricas, para adquirirem o que chamam de qualidades místicas (como, por exemplo, poder, força física e espiritual), ensinam a beber a própria urina. Até mesmo o padre Joseph Dillon, 53 anos, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (SP), ficou conhecido por dizer em entrevistas que a urina seria a “água da vida”. Essas práticas irracionais, do ponto de vista bíblico e científico, têm levado muitos a crer que ingerindo urina conseguirão força espiritual. Inclusive, há até congressos internacionais sobre o assunto. Mas muitos não se contentam em “deliciar-se” somente com sua própria urina, preferindo também comer as próprias fezes, como é o caso de algumas seitas hindus.4 

• Veneradores do sexo

“Nós temos um deus sexy, uma religião sexy e um líder muito sexy, com um grupo de jovens seguidores extremamente sexy. Se você não gosta de sexo, que vá embora enquanto pode”. Esta é uma das doutrinas centrais da seita que ficou conhecida por muito tempo como Meninos de Deus, hoje Família do Amor. Seu líder, que se identifica como MO, pregava o sexo livre, inclusive para a prática de um evangelismo que denominam de “pesca coquete”. Defendem a prática homossexual e a prostituição. É o “vale-tudo” do sexo no recrutamento de adeptos. Por isso, a seita foi denunciada e perseguida em vários países e continua sob investigação da Polícia Federal.5 

• Igreja da Eutanásia

De acordo com este grupo religioso, os problemas do mundo são todos causados pelo excesso de população. Então, a solução “óbvia” proposta seria a redução da população. Mas como? Pelo suicídio, eutanásia, sodomia, aborto e canibalismo. Como não poderia deixar de ser, esse grupo também professa fé em elementos extravagantes. Crêem em extraterrestres e se dedicam a práticas mórbidas.6 

• Adoradores da luz

Tal grupo possui um corpo de crenças doutrinárias essencialmente esotérico. Acreditam que não precisam mais comer. Segundo eles, “comida é veneno”, por isso se “alimentam” exclusivamente da luz do Sol. Por outro lado, a rejeição ao nosso tipo de alimentação, como dizem, pode provocar um poder espiritual capaz de fazê-los ter visões de seres espirituais, além de viagens astrais. Este ascetismo fanático tem levado alguns praticantes à morte. O pior de tudo é que tentam mesclar essa doutrina perigosa com os ensinamentos bíblicos, dizendo que Jesus também a praticava. Tais ensinamentos, contudo, são alheios à doutrina cristã.7 

• Os seguidores da “Bíblia Branca” 

A Igreja Mundial do Criador é um grupo racista fundado em 1971, na Flórida, por Ben Klassen, ex-corretor de imóveis. É um dos movimentos que mais crescem nos EUA, segundo o jornal The New York Times. São partidários da filosofia de Adolf Hitler e possuem um livro chamado White Bible [Bíblia Branca], no qual pregam o ódio contra os judeus e os negros, e defendem a supremacia da raça branca. Baseado nesta nefasta ideologia, Benjamin Nathaniel Smith, membro ativo de extrema direita da seita, que chegou a alterar seu nome para August Smith porque considerava seu nome “excessivamente judeu”, assassinou um coreano, cinco judeus e três negros. A justificativa? Ele os considerava “pessoas sujas”. A seita possui sites espalhados pela Internet, onde convida crianças para seu evangelho de horror. 

Cultos às celebridades

Os termos “adorar” e “ídolo” possuem uma conotação estritamente religiosa. Contudo, em seus significados clássicos, foram sendo gradativamente alterados, pela mente popular, com o surgimento da mídia televisiva. Muitos fãs fanáticos de astros do cinema e do esporte têm mesclado a devoção pelo artista com a fé religiosa. Alguns destes ídolos estão sendo literalmente adorados nos altares de templos religiosos que lhes são dedicados. Vejamos alguns exemplos: 

• Idólatras de Elvis Presley

Parece que a frase “Elvis não morreu” é muito mais que um simples chavão, pelo menos para os fãs religiosos da “Igreja Presleyteriana”. A home page do grupo mostra desde testemunhos de graças recebidas de adeptos até os 31 mandamentos de Elvis. Tal igreja foi fundada em 1998, na Austrália, após a líder e fundadora, Anna, ter tido uma experiência mística com o rei do rock. E, hoje, conta com algumas congregações espalhadas pelos EUA e possui até um “teólogo”, o dr. Edwards, responsável pela parte doutrinária. 

Entre as muitas práticas esdrúxulas exigidas pelo grupo, destacamos as seguintes: 

• Pelo menos uma vez na vida os adeptos deverão peregrinar até Graceland.8 

• Todos devem possuir em casa os 31 preceitos de Elvis, que incluem receitas de comida.

• Devem incentivar, diariamente, as crianças a elogiar o cantor já falecido. 

Mas os disparates não param por aí. Determinado sacramento, uma paródia da santa ceia, é feito com carne moída e pudim de banana. Os hinos, é claro, são alusões ao ex-roqueiro, e tudo isso recheado de muito rock-and-roll.9 

• Veneradores de Raul Seixas 

Talvez não tão organizado como o do roqueiro norte-americano, o raulseixismo é um movimento que está ganhando cada vez mais perfil de grupo esotérico. Em muitos fãs-clubes, já se perdeu o limite entre a admiração e a veneração. E não é para menos, pois Raul Seixas tinha tudo a ver com religião. Suas músicas só começaram a fazer sucesso quando o compositor, hoje bruxo (é assim que ele se autodenomina), Paulo Coelho passou a compô-las. Noventa por cento das músicas de Raul faziam alusão a temas religiosos, principalmente esotéricos. Seu último trabalho recebeu o título de “A panela do diabo”.

“Chegar a ser parecido com religião é uma coisa meio sobrenatural”, avalia a socióloga Juliana Abonizio. “Os raulseixistas realizam quase uma peregrinação rumo ao autoconhecimento [...] Para a Cidade das Estrelas, uma pousada terapêutica coordenada pelo Instituto Imagick, vão alguns dos fãs de Raul. Não se trata de religião, mas as obras do cantor estão entre as bases do Imagick, segundo o presidente do instituto, Arsênio Hipólito Jr. Na pousada, o objetivo é intensificar a luz de cada pessoa, inclusive por meio da reprogramação mental”.1 0

• Discípulos de Jedi

Mais de 70 mil pessoas na Austrália declararam ser seguidoras de Jedi. A religião foi criada baseando-se nos filmes de Star Wars, o famoso Guerra nas estrelas, de George Lucas, o “papa” da ficção científica hollywoodiana. Talvez tudo não passe de uma brincadeira de fanáticos cinematográficos, que promoveram uma enxurrada de e-mails incentivando os fãs a votarem no censo religioso como seguidores de Jedi.

Para que se tornasse uma doutrina, era preciso que dez mil pessoas professassem a “fé Jedi”. Mas o caso vem surpreendendo as autoridades, já que 0,30% da população australiana diz acreditar em tal “força”, a fonte de poder dos cavaleiros “Jedis”. O jedaísmo prega os princípios de algumas religiões, como, por exemplo, a busca pelo autocontrole e pela iluminação. Sua estrutura assemelha-se às filosofias orientais, mas com valores cristãos. Por isso, não será estranho se algum dia ouvirmos alguém orar a “Saint Luke Skywalker”!

• Adoradores de Maradona

Torcedores argentinos fanáticos resolveram radicalizar. Promoveram o ex-jogador Diego Maradona, ainda em vida, de “rei” do futebol a “deus” de uma seita denominada “Igreja Maradoniana”, também conhecida como “A Mão de Deus”, uma referência ao gol que o atleta marcou em 1986 contra a Inglaterra.

O grupo possui menos de mil adeptos. Foi fundado em outubro de 2002, em Paso Sport, na cidade do Rosário. O único objetivo é a exaltação de Maradona. Já possuem um templo, um calendário religioso para marcar os eventos principais da vida do craque, que se dividem em a.D. (antes de Diego) e d.D. (depois de Diego), e alguns hinos. Para não se sentirem inferiores às outras igrejas, resolveram criar também sua própria “bíblia”, intitulada “Eu sou o Diego do povo”, uma biografia do ex-jogador.

Como é possível alguém exercer fé nestes absurdos?

Como são possíveis tamanhos absurdos? Devem estar se perguntando os leitores de Defesa da Fé. Haveria alguma explicação plausível concernente à tendência megalomaníaca dentro desses caóticos grupos religiosos e seus cultos aberrantes? Alguns estudiosos do assunto, como o professor Moraleda, que, entre outras matérias, leciona antropologia religiosa, dizem que essa tendência é fruto da aplicação de técnicas de controle mental.

Quanto a essa questão, declarou o professor: “... há nelas (nas técnicas mentais) uma tendência bem visível de constituir-se em organizações autoritárias e fortemente estruturadas. O passo para o fanatismo é fácil de se dar. A seita destrutiva se organiza como agrupamento totalitário, no qual se utilizam técnicas de persuasão coercitiva (que constrange alguém a fazer algo) e controle mental, para conseguir a total submissão dos indivíduos ao líder e a entrega sem reservas à idéia coletiva; por seu caráter alienante, são grupos potencialmente destruidores da personalidade dos membros”.1 1

Cremos, portanto, que a origem de todas essas heresias está fincada no âmbito espiritual. As pessoas estão cansadas da fé que professam e, para a maioria, sua religião tem-se tornado fria e impessoal. Não há vida, não preenche a necessidade básica de seus membros. O modo alternativo de crença e prática das seitas é extremamente atrativo para alguns. As seitas oferecem um mundo alienado, porém, personalizado. Lembre-se, o homem é “incuravelmente religioso” (Paul Sabatier), portanto, “precisa ter um Deus, ou, então, criará um ídolo” (Martinho Lutero).

O que expomos foram apenas alguns exemplos que pesquisamos, entre muitos, os quais não caberiam neste artigo. Os grupos apontados satisfazem às solicitações, por e-mails, que o ICP recebe diariamente em seu Departamento Teológico.

Devemos ficar atentos ao perigo que as seitas e seus cultos representam para a sociedade, de modo geral. Felizmente, muitos governos já estão tomando providências a respeito. Como cristãos, temos a tarefa de alertar sobre toda e qualquer manifestação religiosa que contrarie as verdades bíblicas. Eis o motivo deste texto!


A CREMAÇÃO É UMA PRÁTICA CRISTÃ OU PAGÃ?

Freqüentemente somos interrogados se a Bíblia apóia ou não a pratica da cremação de corpos. Em seguida, ouvimos o seguinte: “Isso não impediria a denominada ressurreição dos mortos, que constitui a esperança dos cristãos?”.

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).

De inicio podemos dizer que jamais alguém poderia afirmar que a cremação irá impedir a ressurreição dos corpos dos cristãos. Um exemplo da história é o caso dos cristãos mortos em fogueiras como primórdios do cristianismo, quando o imperador Nero, o responsável pelo incêndio, acusou os servos de Deus de terem cometido tal crueldade na cidade de Roma. Na ocasião, os cristãos presos em estacas tiveram seus corpos betumados, morrendo carbonizados.

O QUE NOS DIZ A HISTORIA

Os cristãos primitivos, com grande êxito, proclamavam o evangelho de Jesus Cristo e, como parte da pregação, anunciavam a ressurreição de Jesus e deles próprios ( l Co l5.3-6,14-17,51-55). Isso incomodava os pagãos contemporâneos desses cristãos. Assim, levantou-se entre eles a idéia de que destruindo a crença na ressurreição anulariam a esperança dos cristãos na ressurreição. Entre eles, então, começou o costume de cremar os corpos.

A primeira tentativa nos tempos modernos para anular a fé dos cristãos na ressurreição dos corpos foi adotar a prática da cremação. Tal medida foi tomada durante a revolução francesa, pelo Diretório Francês, no quinto ano da República, a fim de desmoralizar a crença dos cristãos na ressurreição dos mortos.

RESPEITO COM OS MORTOS

Era prática dos judeus enterrar os seus mortos na terra ou em túmulos de pedra: "E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado" (Gn 15.15). “E depois sepultou Abraão a Sara sua mulher na cova do campo de Macpela, em frente de Manre, que é Hebrom, na terra de Canaã. Assim o campo e a cova que nele estava se confirmou a Abraão em possessão de sepultura pelos filhos de Hete” (Gn 23.19-20.

Não era costume dos judeus cremar os corpos e olharam para essa prática com horror: "Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Moabe, e por quatro, não retirarei o castigo, porque queimou os ossos do rei de Edom, até os tomar em cal" (Am 2.1).

A cremação só era prescrita, como castigo, em certos casos flagrantes de imoralidade. "E será que aquele que for tomado com o anátema será queimado a fogo, ele e tudo quanto tiver, porquanto transgrediu a aliança do Senhor, e fez uma loucura em Israel" (Js 7.15).

O CORPO DO CRISTÃO

Os cristãos seguiram o exemplo dos judeus no que concerne ao respeito pelos mortos. Aceitavam o ensino de que o corpo do cristão é o templo do Espírito Santo e, como tal, deveria ser respeitosamente sepultado: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co 3.16). "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" ( l Co 6.19 ).

Os cristãos primitivos procuravam sepultar os seus mortos num mesmo lugar, dando a esse lugar o título de cemitério, cujo significado é dormitório. Os corpos dos santos dormiam (Mt 27.52) e todos, mortos nessa esperança, aguardavam a volta de Cristo, quando, então, juntos, iriam ressuscitar: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória" (l Co 15.51-55).

Nos dias atuais, aqueles que geralmente pedem em vida para terem seus corpos cremados são pessoas revoltadas contra Deus. Manifestam, desse modo, insatisfação com essa figura medonha que é a morte, e concluem que, através da morte, tudo se acaba. Vivem dentro do conceito pagão sustentado, já nos dias de Paulo, pelos filósofos pagãos: "Comamos e bebamos, que amanhã morreremos" (1 Co 15.32). Para os tais que assim pensam, a morte é o fim de tudo, o corpo é apenas o pó da terra e o espírito não passa do fôlego que respiramos e que se reintegra ao ar atmosférico. Assim, o seu protesto diante desse modo de pensar é pedir que seus corpos sejam cremados. Apenas uma pequena exceção aceita a cremação fora desse conceito de transitoriedade do ser humano.

Jesus afirmou a ressurreição universal dos corpos, dizendo: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação" (Jo 5.28-29). "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Ap 20.12).



FALSOS FUNDAMENTOS DA VERDADE


Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara, e foi-me dito: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram - Ap 11.1


O único padrão para medirmos a veracidade das coisas divinas continua sendo o mesmo que o Senhor Deus entregou ao homem: a sua infalível Palavra, ou seja, as Sagradas Escrituras. No mundo de hoje, com múltiplas seitas e múltiplas propostas de verdade religiosas, mais do que nunca precisamos nos apoiar nos fundamentos de nossa fé. Caso contrário, seremos arrastados por sutilezas de argumentos que, embora aparentemente racionais, não condizem com as verdades bíblicas. “E digo isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas” (Cl 2.4).

Nem todos param e ponderam o que escutam e por isso se deixam convencer por afirmações ou razões falsas. Além de racional, o homem é um ser emocional e social, portanto influenciável por esses fatores. As pessoas buscam apoio para suas convicções em fontes turvas e se apóiam em alicerces frágeis, envenenando seu espírito e enveredando por caminhos que não pertencem ao Deus vivo.

Dentre os elementos que as pessoas procuram (consciente ou inconscientemente) basear suas crenças, podemos citar:

Quantidade

No monte Carmelo eram oitocentos e cinqüenta profetas de Baal e do poste-ídolo contra um único profeta do Senhor, Elias (1Rs 18.19). Não precisamos dizer quem detinha a verdade. Não importa o número de pessoas que crêem em certa afirmação, esse fato, no entanto, não torna tal afirmação verdadeira. A quantidade de muçulmanos (cerca de um bilhão) que crêem no Alcorão não torna o livro islâmico na verdadeira Palavra de Deus. Julgar uma crença pelo número de adeptos é medi-la com um padrão extremamente falível. Se Colombo assim pensasse, jamais descobriria a América. Nesses casos, os números mentem.

Isso não quer dizer que algo torna-se verdadeiro somente porque são poucos os seus defensores. As pequenas seitas geralmente citam a porta estreita (Mt 7.14) para justificar a perdição de bilhões de pessoas por não aceitarem seus ensinos absurdos, alegando que poucos entram por ela. Não esqueçamos que “pouco” é relativo. Sessenta milhões de crentes na China é relativamente pouco para uma população de um bilhão e duzentos. Todavia, se esse número fosse no continente Europeu seria bastante expressivo.

Portanto, a nossa fé não se apóia na adesão de poucos ou de muitos. O prumo das Escrituras ignora resultados numéricos, embora o mundo moderno ame as estatísticas. Seguir multidões não é sinônimo nem antônimo de seguir a Cristo. Independente de qualquer coisa, a Palavra de Deus continua sendo a Palavra de Deus, “quer ouçam quer deixem de ouvir” (Ez 2.7).

Antiguidade

A antiguidade de uma crença jamais será garantia de sua veracidade. O politeísmo é quase tão velho quanto a humanidade, mas isso não o torna aceitável. Astrólogos e reencarnacionistas gostam de apoiar-se sobre esse fundamento, vangloriando-se de vestígios meso-potâmicos e egípcios de suas práticas. Mas a verdade não vive de múmias. Os antigos podem estar tão errados quantos os modernos. O movimento Nova Era, em sua adoração ao primitivo e ao antigo, não tem restaurado a verdade, mas, sim, ressuscitado o paganismo.

Não devemos menosprezar as tradições como desprovidas de valor, como também não devemos superestimá-las. O catolicismo, ao colocar a tradição em pé de igualdade com a Bíblia, sancionou erros históricos quando deveria extirpá-los com a régua de Deus. O que a Reforma Protestante fez foi apenas começar a aplicar o padrão divino (leia-se Escrituras Sagradas) depois de séculos de desvio doutrinário. “E assim invalidaste o mandamento de Deus pela vossa tradição” (Mt 15.6). Esse tem sido o problema com muitas doutrinas: querem ser mantidas pelo aval dos anos, quando a história ensina que o tempo desgasta e distorce ao invés de edificar.

“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8)

Sucesso

Sucesso transformou-se na palavra do momento, capaz de justificar qualquer comportamento e validar qualquer conceito. As pessoas estão dispostas a aceitar qualquer ensino - mesmo o evangelho, se este as levar ao sucesso imediato. Se uma pessoa teve sucesso na vida, então tudo o que ela diz deve ser verdade; mas se alguém não é bem-sucedido, segundo os padrões seculares atuais, então o que ele ensina deve ser descartado em favor de outro ensino melhor. Uma mensagem de “deixa tudo e segue-me” ou “negue-se a si mesmo” soa muito fracassada. Os mártires já não são bem-vistos, e ninguém mais ouve os seus ensinos. Mas qualquer líder religioso hoje que demonstre e prometa prosperidade, felicidade e sucesso é considerado verdadeiro.

Sabemos que a verdade pode tornar alguém bem-sucedido. Mas isto não significa que alguém bem-sucedido pode tornar qualquer coisa verdadeira. Pessoas de sucesso podem estar avançando por caminhos que não pertencem a Deus. Nem toda a fama de Paulo Coelho pode dar validade ao conteúdo de seus livros. Eles não passam de ficção repleta de idéias pagãs que “matam” ao invés de dar vida.

“Pois tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte. Somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo! Nós fracos, mas vós sois fortes! Vós sois ilustres, nós desprezíveis. Até esta presente hora sofremos fome, sede, e nudez; recebemos bofetadas, e não temos pousada certa. Afadigamo-nos, trabalhando com nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando somos perseguidos, sofremos; quando somos difamados, consolamos. Até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos” (1Co 4.9-13).

Sinceramente, essa descrição do ministério apostólico está bem longe do conceito moderno de sucesso. Todavia, foi escrita por um dos homens que lançaram os alicerces da Igreja e do evangelho.

Moralidade

A verdade de Deus deve produzir justiça e gerar santidade.Ela não é apenas algo para armazenarmos mentalmente. Temos de “andar na verdade” (3Jo 3,4), e não simplesmente conhecê-la. Nosso procedimento comprova a nossa fé.

Por outro lado, é perigoso colocar o comportamento como fundamento da verdade. As boas obras impressionam de tal forma que muitos pressupõem que se alguém prega e faz bem ao próximo então seu ensino deve definitivamente ser verdadeiro. Na verdade, as boas obras devem ser estimuladas e praticadas, mas elas não confirmam qualquer doutrina. O espiritismo, por um lado, exalta a caridade e, por isso, conquista o respeito da opinião pública. Por outro lado, no entanto, fomenta a consulta e incorporação dos chamados “espíritos de luz”, levando muitos ao pecado e à influência satânica. Suas boas obras, porém, não podem justificar seus erros.

O apóstolo Paulo muitas vezes defrontou-se com homens que por um lado apresentavam aparência de justiça mas, por outro, sustentavam ensinos contrários ao evangelho. Certas ocasiões, os discípulos de Paulo ficavam perplexos, mas tinham de concordar com ele quando a situação exigia que alguns homens que aparentemente viviam uma vida justa precisavam ser condenados. Em uma dessas ocasiões a resposta do apóstolo aos seus discípulos foi: “E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transformem em ministros da justiça. O fim deles será conforme as suas obras” (2Co 11.14,15).

Todos os que servem a Deus devem ser justos, mas nem todos aqueles que possuem aparência de justiça servem a Deus. O amor não é equivalente à verdade, embora os dois tenham de andar juntos.

Beleza

Hoje, o mundo procura um Deus estético, e não um Deus ético. Todos querem uma religião de aparência, que pareça bonita, sem se importar se ela é verdadeira ou não. Trocam facilmente o conteúdo pela forma. Os muçulmanos gostam de dizer que uma das provas da inspiração do Alcorão é a sua beleza. Que eles nos perdoem, mas se esse fosse o caso, a Bíblia ganharia de longe. O poeta libanês Kalil Gibran orou a Deus e disse: “Dizer a tua verdade, envolta em tua beleza”. Não podemos negar a beleza de seus versos, mas também não podemos considerá-los infalíveis. Só as Escrituras são infalíveis, mesmo quando não são belas.

Nem tudo o que é belo é necessariamente bom e verdadeiro. Nem tudo o que é verdadeiro tem de ser necessariamente belo, mas com certeza é bom. Não podemos esquecer que aquele que é a Verdade, quando esteve entre nós, “não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos... Como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is 53.2,3). Se buscarmos somente a beleza por certo a encontraremos em muitos lugares. Mas se buscamos a verdade só a encontraremos na Palavra de Deus.

Um belo hino, uma pregação eloqüente e um texto bem-escrito podem facilmente conter inverdades que serão aceitas por causa de sua beleza. Pior que um veneno, é um veneno gostoso, perfumado e bem-embalado. Isso é típico de Satanás. Diz a Bíblia sobre ele: “...corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ez 28.17). Não podemos nos esquecer: o pai da mentira é um belo ser.

Agradabilidade

Ninguém se tornará popular pregando a doutrina do inferno. Ela não agrada aos ouvidos. Os que rejeitam a idéia de um inferno de fogo, onde os ímpios passarão a eternidade, não a rejeitam por não ser bíblica, mas por sua dureza. Da mesma sorte, os que a pregam não o fazem com um senso de prazer, mas de fidelidade às Escrituras. A verdade nem sempre é totalmente doce. “Fui, pois, ao anjo, e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-me ele: Toma-o, e come-o. Ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel” (Ap 10.9).

As pessoas têm a tendência de “adocicar” a mensagem que pregam para não repelir os ouvintes, e fazem isso extraindo de seu conteúdo elementos que possam causar algum desconforto. É uma atitude perigosa, e pode comprometer tanto o que ensina quanto o que ouve. “Duro é este discurso. Quem poderá ouvi-lo?” (Jo 6.60). O rico foi embora porque Jesus não quis suprimir as exigências da salvação (Mc 10.21,22). Não que a verdade seja um monte de espinhos ou que tem por obrigação incomodar as pessoas. Mas apegar-se a um ensino somente porque ele traz conforto e nenhuma repreensão é correr grave risco.

Deus é bom e justo. Abraçar sua bondade e rejeitar sua justiça tem sido a atitude de muitos. Um Deus que julga, condena e castiga o pecado tem-se tornado cada vez mais impopular. A LBV chega ao ponto de interceder por Lúcifer para que ele seja salvo e o universalismo prega a salvação de todos os homens. São colocações agradáveis em termos de religião, mas não são verdadeiras, portanto não salvam.

Erudição

As palavras erudição e verdade não são sinônimas. Porque alguém sabe muito, não significa que saiba a verdade. É muito fácil se impressionar com a cultura de uma pessoa e achar que pelo seu grande conhecimento ela deve estar certa em suas afirmações. Em se tratando das coisas de Deus, a cultura pode ser irrelevante. É claro que muitos dos escritores inspirados da Bíblia apresentavam cultura e erudição, mas não foram essas coisas que confirmaram a Palavra de Deus como padrão. Ao lermos as epístolas de Paulo, não é a erudição do autor humano que importa, mas a inspiração do Autor divino. “Os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” (1C o 1.22). Sócrates, Platão e Aristóteles tiveram sua importância histórica, mas não foi por eles que a verdade de Deus se estabeleceu. Nesse aspecto, o iletrado Pedro foi instrumento de Deus para proclamar a verdade inspirada.

Homens como Marx, Engels e Nietzsche foram filósofos de conhecimento e profundidade extraordinários. Mas seus ensinos se mostraram falsos e destrutivos ao longo da história. Até o pensamento científico, visto como árbitro de todas as afirmações, já defendeu enormes absurdos. Não rejeitamos a ciência, mas também não podemos tomá-la por infalível. Só Deus é infalível. Somente a sua Palavra determina o que é certo e o que é errado, o que é falso e o que é veraz: “Disto também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina...” (1Co 2.13).

Convicção

É mais comum do que se pensa errar com convicção. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte” (Pv 14.12 ). Alguém pode pregar e ensinar o erro com mais entusiasmo do que aqueles que ensinam a verdade. Uma crença não é verdadeira somente porque seus seguidores se dispõem a morrer por ela. O martírio pode honrar a verdade, mas jamais pode tornar verdadeiro aquilo que é falso. Sem dúvida, Hitler estava totalmente convencido das idéias loucas do nazismo e as proclamou com tamanha convicção que conseguiu influenciar uma nação inteira. Esse fato, porém, não tornou (e não torna) a doutrina nazista veraz.

Principalmente quando no meio de uma massa, o ser humano tende a ser sugestionado pelos sentimentos e começa então a reagir como o grupo. Qualquer pessoa que proclame algo com insistência pode influenciar outras a aceitarem coisas que não são verdadeiras. Em Atos 17.10,11, aconteceu algo interessante. Os irmãos da cidade de Beréia, para onde Paulo e Silas foram enviados, receberam de bom grado a pregação desses dois homens de Deus, mas não deixaram de examinar nas Escrituras para ver se o que falavam era de fato verdadeiro: “Ora, estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado receberam a palavra, examinando a cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim”.

“À lei e ao testemunho”

Não rejeitamos a popularidade, a tradição, o sucesso, a moralidade, a beleza, os benefícios, a erudição e a convicção resultantes da verdade. Mas não podemos considerar essas coisas um padrão para a nossa fé. Cremos na Palavra de Deus como única norma. A importância em excesso conferida a outras coisas tem afastado muitos do Caminho. E o pior: tem lhes causado um sentimento de segurança e satisfação que os impede de ver a verdade.

Temos de conhecer os verdadeiros fundamentos da nossa fé e esperança, e sobre esses fundamentos construir os alicerces de nossa existência.

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva” (Is 8.20).

 


FALUN GONG
A seita que abalou o comunismo na China

          Nestes últimos dias, temos visto, nos principais meios de comunicação de todo o mundo, inclusive do Brasil, muitas reportagens sobre um estranho movimento denominado Falun Gong. As matérias declaram que essa seita, de aproximadamente 100 mil seguidores, foi classificada pelo governo da China como uma organização ilegal e demoníaca. Mas, afinal, o que é a Falun Gong? Quem é o seu líder? O que ela ensina? Por que essa seita incomoda tanto o governo comunista chinês? As perguntas podem até parecer simples, mas as respostas, não.

A Falun Gong – ou Falun Dafa - (fa significa lei ou princípio; lun, roda; e gong denota energia para cultivação) surgiu em 1992, na China. Seu fundador, Li Hongzhi, que vive nos EUA, ensina uma vida regrada e a prática de exercícios de meditação e respiração todas as manhãs, cujo objetivo é expandir a consciência.

Para aqueles que seguem seu regime de exercícios e seus padrões morais, a Falun Gong é meramente um meio de atingir a boa condição física e a melhoria pessoal. Uma de suas seguidoras, Caroline Lam, declarou a um repórter: Não adoramos ninguém. Não temos nenhum ritual. Todos têm a liberdade de entrar e sair, e não temos uma organização propriamente dita1. Para Lam e os demais membros da seita que se reúnem periodicamente para a prática dos cinco exercícios receitados (nos quais estão incluídos os movimentos lentos e controlados e as técnicas de respiração), o motivo de seguirem o Falun Gong é o alívio da tensão e os benefícios à saúde que alcançam.

Li Hongzhi disse: Somos membros comuns da sociedade... Só que nos levantamos cedo para realizar os nossos exercícios. Somos um movimento em massa popular para a realização de exercícios2. Não obstante, seria um engano definir a Falun Gong como um simples culto à saúde e à boa forma. A filosofia por trás de seus exercícios e código moral tem um significado mais profundo. Supostamente arraigada nas doutrinas budistas e taoístas, a seita Falun Gong alega ser uma Lei Budista, mas não é propriamente budista. Segundo afirma, está mais estreitamente vinculada à antiga prática chinesa qigong (uma forma do taoísmo voltada à disciplina pessoal: moralidade, meditação e exercícios de respiração) para obter energia espiritual e/ou força vital.

De acordo com Li Hongzhi, os benefícios da Falun Gong são variados. Entre eles, inverter o processo de envelhecimento e receber a cura de enfermidades crônicas e capacidades supranormais, como, por exemplo, ver através da matéria com um terceiro olho3.

O líder do movimento

Li Hongzhi nasceu em 1951, em Changchun, na província de Jilin, nordeste da China. Consta que ele estudou qigong desde os quatro anos de idade, nas montanhas da China, sendo aluno dos mestres da antiga tradição chinesa até desenvolver seu próprio tipo de qigong. Li disse que foi escolhido por seus mentores para receber os princípios daquilo que veio a ser a ideologia da Falun Gong. Atualmente reside em Manhattan e vive dos direitos autorais de seus livros 4.

Por suas alegações, seus ensinos e modos de agir têm relevância incomparável. Ele diz, ainda, que sua autoridade espiritual é superior à de Maomé, Buda e Jesus que, segundo Li, também era um Buda. Li diz também que um ser supremo o comissionou para vir à terra e salvar a humanidade da corrupção moral e dos males tecnológicos da ciência.

Aproveitando-se de um renovado interesse pelo qigong durante este último quarto de século, especialmente entre os universitários e os desempregados, Li lançou o Falun Gong, que rapidamente cresceu para se tornar num movimento de grande porte.

Os seguidores de Li consideram seus escritos sagrados, sobretudo seu texto principal, o Zhuan Falun (Girando a Roda da Lei), publicado em 1994. É uma compilação dos ensinos de Li para orientar o cultivo dos indivíduos na verdade do cosmos 5. Uma propaganda da prática Falun Dafa alega: O praticante genuíno receberá ganho natural sem por ele ansiar. Toda a energia para ser cultivada, e toda a Lei, estão no Livro, e a pessoa as obterá de modo natural ao ler toda a Grande Lei... Não importa quantos livros de escrituras forem publicados, todos servem de material para ajudar no Zhuan Falun. É somente Zhuan Falun que está orientando de modo geral esse cultivo.6

Posto que os ensinos de Li supostamente levam à melhoria da saúde e ao rejuvenescimento, os remédios são apenas para aqueles que não crêem de modo apropriado. O atendimento médico é proibido entre os seguidores de Li, que alega na “cara dura” que eles podem ter a saúde restaurada mediante a leitura de seus livros. A prática do Falun Gong, segundo alegam seus adeptos, possui poder de alisar as rugas, devolver a cor original aos cabelos brancos, restaurar os ciclos menstruais às mulheres depois da menopausa e curar a tuberculose. Suas doenças serão eliminadas diretamente por mim, escreve Li 7.

Li afirma que possui o poder de implantar nos seus seguidores o falun, ou roda da lei. À medida que seguem seus exercícios e se submergem em seus ensinos e meditam neles, conseguem fazer uma ligação direta com o poder da força vital, purificar seu espírito do carma maligno que tanto prevalece no mundo e desencadear seu potencial para um novo tipo de energia. Li, num tom autoritário e exclusivista, declara de si mesmo: No que diz respeito ao seu cultivo, você precisa de um mestre que o proteja e se importe com você 8.

O fundador da Falun Gong entende que o mundo moderno, com sua decadência moral – lado a lado com os males da ciência – está caminhando para a desgraça total, exceto aqueles que confiam nas doutrinas dessa seita para a salvação. Referindo-se à destruição vindoura, escreve: O universo em que agora vivemos é uma entidade reconstruída depois de nove explosões catastróficas. O planeta onde habitamos já passou muitas vezes por destruição 9. Li alega ter sido enviado para salvar a humanidade da sua triste situação. Somente ele conhece a verdade do cosmos e o que o futuro nos reserva. Somente por meio da iluminação recebida por ele é que poderemos escapar da calamidade: O futuro parece sombrio, a não ser para aqueles que se purificam com o Falun Gong e se esforçam para alcançar um plano superior 10.

Segundo a opinião de Li, as raças não devem ser misturadas entre si. Crianças de raça mista, nota ele, são sintoma do declínio da sociedade. Cada raça tem sua própria biosfera específica, e sempre que nascem crianças de um relacionamento entre raças diferentes elas são pessoas defeituosas. E argumenta, ainda, que o próprio céu está segregado: Qualquer pessoa que não pertencer à sua respectiva raça não receberá cuidados. Não sou apenas eu quem diz isso. É a pura verdade. Estou revelando a vocês o segredo do céu11.

As práticas de Li

A filosofia e doutrina de Li, e suas instruções para os exercícios, são gravadas e acompanhadas com música de fundo. E contêm referências, repetidas muitas vezes, a deidades budistas obscuras, e também um ritual prolongado, no qual os alunos movimentam uma “roda da lei” pelo seu corpo inteiro. O propósito... é conseguir que essa roda, com seus supostos poderes terapêuticos, passe a habitar no abdome da pessoa 12.

Uma vez que a pessoa começa a assimilar os ensinos e a ideologia dessa seita, são induzidas a apelos mais profundos e mais esotéricos ao melhoramento pessoal. Os mais avançados no programa testificam que a Falun Gong permite à pessoa:

• Abrir todos os canais de energia no corpo;
• Conseguir a sabedoria e a aumentar o seu nível de energia;
• Misturar e trocar entre si as energias tanto do cosmos quanto do corpo humano, a fim de purificar-se rapidamente;
• Circular energia, sem atritos, pelo corpo inteiro;
• Conseguir uma mente lúcida e pura, a fim de fortalecer os poderes sobrenaturais e aumentar a potência da energia 13.

A pessoa, ao se convencer da eficácia da Falun Gong no primeiro nível, se dispõe a passar para o nível seguinte e buscar as doutrinas que há por trás dos exercícios. Então, ela precisa dar o que parece ser um grande salto de fé. Visto que os devotos verdadeiros dessa seita não podem, em nenhuma hipótese, procurar tratamento médico, mesmo quando muito doentes, sua única linha vital de sobrevivência é a fé que mantêm em Li. Infelizmente, para alguns, isso não foi suficiente. Os seguidores são proibidos de consultar os médicos em casos de doença, diz uma reportagem na Inside China (Dentro da China), citando um pesquisador da Academia Chinesa de Ciências: Como resultado, alguns já morreram, ao passo que outros enlouqueceram com a prática de qigong 14.

A maioria dos seguidores da Falun Gong desconsidera semelhantes relatos, dizendo serem falsos ou exagerados. Existem, na realidade, dezenas de milhares de pessoas que concordariam com um dos líderes do movimento quando disse: Essa é a prática mais real que já descobri. É o que andava procurando durante a minha vida inteira15.

Por que essa seita incomoda tanto o governo comunista chinês?

De acordo com a opinião do governo chinês, vários fatores fazem da Falun Gong uma ameaça real:

1. O número de chineses que praticam os ensinos de Li Hongzhi possivelmente seja maior do que a afiliação total do Partido Comunista Chinês;
2. Alguns dos adeptos da Falun Gong são comunistas portadores de carteira, até mesmo generais dentro do exército chinês;
3. Os membros arrolados na Falun Gong incluem também milhares de pessoas no Ocidente, e Li reside com sua família em Manhattan (o governo chinês considera suspeitos semelhantes contatos fora da China);
4. Os ensinos espirituais de Li são certamente incompatíveis com a doutrina atéia do comunismo chinês;
5. As demonstrações em massa, cada vez mais numerosas, realizadas pelos líderes da Falun Gong têm subvertido a ordem social e forçado confrontações com o governo;
6. O fato de a Falun Gong brotar da esperança do melhoramento pessoal e da felicidade do crescente número de seus adeptos, que saem do partido comunista chinês, demonstra que o comunismo foi um fracasso;
7. A ascensão da Falun Gong relembra os movimentos espirituais do passado, que pareciam inócuos, mas que, de repente, cresceram e se transformaram em forças políticas poderosas que acabaram derrubando as dinastias existentes. 

Sabemos da tradicional intolerância do governo comunista chinês, porém, alguma coisa está terrivelmente errada na doutrina de Li.

Infelizmente, inúmeras pessoas têm flertado com várias disciplinas espirituais de diferentes tradições religiosas e, não demora muito, se cansam de uma delas e passam adiante para algo novo, mas sempre mantendo a crença de que todas as religiões ensinam, basicamente, as mesmas verdades. Para um número sempre crescente de pessoas, a Falun Gong é a moda passageira espiritual da atualidade. Tais pessoas estão conscientes de que Li insiste no fato de que somente a obediência fiel aos seus ensinamentos trará a verdadeira iluminação e salvação a quem procura a verdade ulterior. Li enfatiza o caráter distintivo da sua doutrina quando declara: Falun Dafa é totalmente um dos modos tradicionais da cultivação [religião] na teoria, e da teoria de alquimia interna em vários sistemas e escolas16. Os praticantes da seita Falun Dafa são obrigados a obedecer à primeira regra de Li Hongzhi: Ninguém pode propagar outras religiões em nome da prática do Falun Dafa.17

Para os ecléticos que seguem elementos selecionados de várias tradições religiosas, os ensinos dogmáticos de Li devem ser desconcertantes. Mesmo assim, a publicidade da Falun Gong não é realmente diferente das bandeiras agitadas em público ao longo do desfile dos movimentos religiosos que têm aparecido em nossa sociedade nos últimos anos prometendo boa saúde e enriquecimento mental. Todavia, as promessas dessas religiões servem apenas para mascarar sua asseveração esotérica de que elas são o único caminho para a verdade ulterior. Isso fica mais aparente na religião de Li Hongzhi. Embora os adeptos da Falun Gong digam às pessoas que as doutrinas de seu fundador são exatamente o que o médico receitou, na realidade a receita de Li consiste de pílulas amargas que a maioria das pessoas tem de engolir.

Aversão à medicina moderna e falta de amor

A última das treze exigências básicas e assuntos de atenção para a prática da Falun Gong contém algumas palavras sinistras da parte de Li: Se algumas cenas aterrorizadoras interferirem com você, ou se você se sentir ameaçado, é só dizer, de si para si: estou protegido por meu mestre. Não tenho medo de nada. Você pode entoar o nome do mestre Li, e continuar com a sua prática 18. Embora a intenção dessa declaração seja garantir aos praticantes da Falun Gong que eles receberão a proteção do mestre Li enquanto praticarem os exercícios por ele receitados, ela revela duas realidades a respeito de Li e de sua disciplina espiritual. Primeiro: o contato com os espíritos é uma possibilidade quando alguém pratica tais exercícios. Em segundo lugar, do ponto de vista cristão fica claro que o próprio Li tem alguma conexão com o âmbito das trevas. Se as pessoas em geral devem ficar aflitas com os ensinos de Li, os cristãos, por sua vez, devem ficar ainda mais atentos com a natureza ocultista relacionada a esses exercícios (1Tm 4.1-2).

Conforme vimos, muitos críticos da Falun Gong ressaltam a aversão que Li tem à medicina moderna, aversão esta que, segundo declaram, tem levado à morte ou à loucura muitos adeptos dessa seita. Os cristãos devem se preocupar não somente com essa crença alarmante, mas também com a doutrina de Li a respeito do poder sobrenatural que supostamente dissipa todas as enfermidades físicas. A pessoa recebe esse poder quando Li abre o Olho Celestial do praticante, ou seja: o canal principal... localizado entre o ponto de encontro das sobrancelhas e o corpo pineal. Usualmente, vemos com nossos olhos físicos. São esses mesmos dois olhos que servem como anteparo e bloqueiam a nossa passagem para outros espaços e, com isso, conseguimos ver apenas o que existe no nosso mundo físico. Abrir o ‘Olho Celestial’ nos capacita ver sem empregarmos os dois olhos. Depois de alcançarmos um nível muito alto de cultivação, obtemos um ‘Olho Verdadeiro’... eu lhe abrirei os seus ‘Olhos Celestiais’ diretamente para a dimensão da ‘Visão do Olho da Sabedoria’. Realmente, estou aqui para abrir o ‘Olho Celestial’ em grande escala 19.

Aqueles que estão familiarizados com o ocultismo da Nova Era notarão a semelhança entre o ‘Olho Celestial’ e o ‘Terceiro Olho’. Os dois movimentos prometem aos fiéis genuínos que eles receberão conhecimentos esotéricos e poderes ocultos. O apóstolo Paulo, no entanto, afirma que somente Cristo fornece poder e sabedoria verdadeira: Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus (1Co 1.24).

Diz Li: Eu, de modo especial, transmito o ‘Grande Caminho da Cultivação Budista’, para o qual fui despertado durante eras inumeráveis do passado20. A respeito dos falsos mestres nos seus dias, declarou Paulo: Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados (2 Tm 3.13).

Enquanto Li Hongzhi desdenha o nosso mundo, considerando-o lixo do universo, onde toda a corrupção é depositada, Jesus Cristo, em sua compaixão, foi compelido a abraçar os sofrimentos deste mundo caído. E não só isso. O Filho de Deus morreu miseravelmente numa cruz para nos reconciliar com o Criador. Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus (1Pe 3.18). Deus amou as pessoas que habitam na lixeira do universo, e por elas morreu: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).


A INVASÃO DO ORIENTE


“... porque se encherem dos costumes do Oriente...” (Is 2.6)

O que seria de Portugal e da arte de navegação sem a bússola? Talvez estivesse ainda nas primeiras remadas e o mundo muito menos explorado e desenvolvido que hoje.

O que seria da arte e da escrita sem o papel? Talvez profunda, em termos de conteúdo, mas restrita em sua divulgação.

O que seria das guerras sem a pólvora? Difícil dizer.

Todas estas invenções, no entanto, viajaram do Oriente ao Ocidente, e vice-versa, e transformaram o mundo.

Todavia, o Oriente sempre foi avesso a intercâmbios com outros povos. É fácil notar isso na forma reservada com que os imigrantes japoneses, chineses e coreanos se relacionam com as outras pessoas aqui no Brasil.

Mas, de uns tempos para cá, este quadro vem mudando radicalmente. Não só o Ocidente parece querer absorver, com avidez e sem qualquer critério, tudo o que vem do extremo leste, como também os próprios orientais divulgam suas filosofias e conceitos religiosos com uma dedicação quase missionária.

Em 1935, o historiador Will Durant já havia detectado este fenômeno: “Em nossos tempos, a Europa recorre cada vez mais à filosofia do Oriente (alguns exemplos são: Bergson, Keyserling, Ciência Cristã, Teosofia). Por outro lado, o Oriente recorre cada vez mais à ciência do Ocidente. Uma Segunda Guerra Mundial pode deixar a Europa aberta ao influxo da fé e filosofias orientais...”.1 E, de fato, isto aconteceu.

Aspectos filosóficos e religiosos

O Ocidente tem sido invadido maciçamente por idéias filosóficas e religiosas importadas do Extremo Oriente, lembrando que, ali, a linha divisória entre filosofia e religião é muito tênue. Mesmo quando negam a religiosidade de suas práticas, os mestres da ioga e da meditação oriental, entre outras, não conseguem esconder o elemento religioso por trás delas.

Shotaro Shimada, professor de ioga há quase 50 anos, afirmou: “Ioga não é exercício, não é religião nem psicologia, porém, ao mesmo tempo, abrange tudo isto”. Depois prossegue em uma afirmação contraditória: “Ioga é a transformação da maneira de ser para o indivíduo entrar em sintonia com a natureza e com Deus”. Em nosso conceito, isto é religião. O difícil é saber o que ele quer dizer com Deus, se é o Pai do Jesus Cristo pregado pelo cristianismo ou um deus impessoal do Oriente.

A medicina é um claro exemplo. Algumas medicinas alternativas, por exemplo, têm sido aceitas até mesmo por certas entidades médicas, embora os conceitos por trás delas apresentem elementos totalmente estranhos à ciência ocidental. Fundamenta-se em conceitos que não podem ser constatados empiricamente, pois derivam de noções místicas e não científicas.

Também o Feng Shui, uma antiga arte chinesa de criar ambientes harmoniosos, oferecendo, dessa forma, um sistema completo ligado intimamente à natureza e ao Cósmico, vem sendo cada vez mais procurado, tanto para aplicações domésticas como para aplicações empresariais. Originou-se há cerca de 5000 anos, nas planícies agrícolas da China Antiga. A tradução literal do termo Feng Shui é “vento-água”. Mas, para os chineses, significa muito mais que isso. Acreditam que essa arte é como o vento, que não se pode entender, e como a água, que não se pode agarrar. Vemos, assim, a estranha aliança entre o pensa-mento ocidental, sempre tão lógico e objetivo, com o oriental, que, neste caso, se apresenta místico e subjetivo.

Outra vertente em que estes elementos podem ser destacados é a prática de esportes. Algumas artes marciais difundidas hoje adquirem contornos particulares aqui, diferenciando-se de seus conceitos místicos originais, porém, convém lembrar que nem mesmo as atividades físicas praticadas no Oriente eram dissociadas de sua visão da vida.

Não existe esta clara distinção entre vida secular e religiosa. Sem generalizar, estas práticas esportivas envolvem, mu-tas vezes, ritos e crenças.

Chacras, krishna, do-in, medição transcedental, incensos, saris, ioga, ofurô, yin e yang, mantra, avatar, etc. Estas são algumas palavras que, pouco a pouco, passam a fazer parte do cotidiano do Ocidente e caracterizam a influência espiritual que países como a Índia, China, Japão, etc, têm exercido sobre a nossa cultura. Muitas práticas orientais não se constituem em uma religião propriamente dita, mas envolvem conceitos religiosos. “Ser um com o Universo”, por exemplo, nada tem a ver com “nossa comunhão com o Pai e com o seu Filho, Jesus Cristo” (1Jo 1.3). A primeira admite um universo monista, no qual Deus é tudo e tudo é Deus, ressaltando que Deus, para um chinês, por exemplo, não é o mesmo que Deus para um judeu.

As religiões orientais e a nova era

Os elementos cristãos nos ensinos correntes da Nova Era nada mais são do que uma forma de maquiar seus verdadeiros fundamentos, para que ser tornem mais aceitáveis ao pensamento ocidental. Uma espiritualidade que não inclua Jesus Cris-to, não inclua a fé ou os evangelhos, de algum modo será automaticamente olhada com desconfiança.

Mas estes conceitos são enfraquecidos por noções estranhas. Os adeptos da Nova Era afirmam que Jesus esteve, dos doze aos trinta anos, entre os sábios da Índia e do Tibete. Com isso, transformam Jesus em um guru oriental, ao invés de um Messias judaico. A fé é apenas fé, mas não uma fé em Cristo ou nos evangelhos. Não é uma fé objetiva, ligada aos fatos, porque a religião oriental é bastante relativista e intimista; ou seja, está mais ligada ao que cada um pode perceber do que aos fatos propriamente ditos. A revelação cristã, contida em suas Escrituras, é colocada em pé de igualdade com os livros sagrados das demais religiões. Se há alguma dose de cristianismo na Nova Era, certamente trata-se de um cristianismo segundo a visão oriental.

Os verdadeiros fundamentos deste movimento estão relacionados à religião oriental. Os verdadeiros critérios que regem sua espiritualidade e concepção do mundo e da vida se encontram no hinduísmo, no budismo e no taoísmo. A reencarnação, a doutrina do carma, o yin e o yang, a vinda de Maytréia, a meditação ao estilo hinduísta, etc., são elementos religiosos orientais. Embora outros elementos se acrescentem à Nova Era, como, por exemplo, a crença em discos voadores ou em figuras da mitologia nórdica ou animista, as principais bases são exatamente estas que acabamos de referir.

Não se pode dizer que esteja sendo realizada uma fusão entre o cristianismo e as religiões orientais. Na fusão não ocorre perda de valores e de conceitos. Podem ser agregadas certas noções, mas os fundamentos não se alteram. O cristianismo fez uma fusão com a filosofia grega em certos aspectos, mas continuou com os seus fundamentos. Tudo o que não se harmonizava com o cristianismo foi rejeitado.

É impossível haver uma fusão entre o cristianismo e as religiões orientais porque ambos são auto-excludentes. O Deus do cristianismo é transcendente à sua criação; ou seja, está além dela. Nas religiões orientais, Deus e natureza, criação e Criador se confundem, sendo um só. A salvação no cristianismo é um evento único, realizado de uma única vez, por meio da posse das promessas da graça pela fé. No Oriente, a salvação é um processo longo, que pode levar milhares de anos, realizado pelo auto-esforço. O cristianismo prega a ressurreição, que fundamenta uma única existência para cada ser. No hinduísmo, a reencarnação estabelece múltiplas existências da alma em diferentes corpos.

Devido a isso, nenhuma fusão é possível, e também não foi levada a efeito. Os elementos cristãos permanecem à margem dos fundamentos gerais e, mesmo assim, são distorcidos, para que possam ser adaptados às noções hindus e budistas.

Ainda deve ser levado em conta que a síntese é cultural e não religiosa em seus aspectos. Claro que, culturalmente, o cristianismo assume certos aspectos locais, quando floresce no seio de nações orientais. No norte da Índia, ou na China, ou mesmo na Coréia do Sul, o cristianismo evangélico floresce e apresenta contornos de acordo com sua localização, mas continua mantendo os mesmos fundamentos do cristianismo em geral, de modo que pode ser identificado e comparado com o cristianismo evangélico de qualquer outra parte do mundo. Não é o caso do cristianismo da Nova Era, que não passa de uma mistura do budismo, do taoísmo e do hinduísmo, mas de forma disfarçada.

O caráter exclusivista do cristianismo

O cristianismo bíblico é exclusivista em sua natureza, o que significa que não aceita sincretismos e misturas. Quando isso acontece, perde sua essência e deixa de ser cristianismo. Veja que o catolicismo apresenta, tanto na América do Sul como na Central, alto grau de sincretismo com as religiões pré-colombianas e africanas. A maioria dos elementos dessas religiões foi adaptada ao cristianismo.

No caso do protestantismo, houve aculturação ou síntese cultural, mas não sincretismo. A fundamentação bíblica do cristianismo evangélico impede que elementos não-cristãos venham se sobrepor aos conceitos revelados nas Escrituras Sagradas. Por isso, jamais as religiões orientais poderão reformular o cristianismo.

Podem até distorcê-lo, mas, neste caso, deixará de ser cristianismo.

A seguir, alguns fatores que atestam o caráter exclusivista do cristianismo:

Jesus é único

Primeiramente, Jesus é a pedra angular e o alicerce do edifício cristão. Isto significa que é impossível um cristianismo verdadeiro sem um Cristo verdadeiro. E um Cris-to verdadeiro só pode ser extraído dos documentos do Novo Testamento.

• “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12).
• “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).
• “... mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cris-to” (1Co 3.10,11).

A fé cristã se fundamenta em fatos

Em segundo lugar, a fé cristã se apóia em fatos. É uma fé histórica. Não está fundamentada em experiências particulares e subjetivas. As religiões orientais, ao contrário, fundamentam-se na experiência individual. Cremos que a nossa salvação se fez efetiva porque Jesus Cristo, o Filho de Deus, tornou-se homem, viveu neste mundo, morreu pelos nossos pecados na cruz, ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus. Estes são os principais eventos nos quais se apóiam a nossa fé e a nossa esperança.

• “Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio” (Lc 1.1-3).
• “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1Co 15.14).
• “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2Pe 1.16).
As religiões orientais não fazem distinção entre fatos e lendas. Rama e Krishna, deuses importantes do panteão hindu, tiveram suas vidas narradas entre os homens, embora não haja nenhuma fundamentação histórica para isso. E, dentro do conceito hindu sobre verdade religiosa, isso não faz nenhuma diferença. O mesmo se dá com as lendas em torno da pessoa de Sidarta Gautama, o Buda. História e lenda se misturam sem que isso faça qualquer diferença para os conceitos budistas. Da mesma forma, o taoísmo introduziu diversas lendas populares no seu desenvolvimento histórico sem qualquer constrangimento. Essa gritante diferença de visão de mundo, da história e dos objetos da fé torna impraticável qualquer associação entre as religiões orientais e o cristianismo.

A Bíblia é única

O último ponto que desejamos ressaltar é a singularidade da Bíblia Sagrada. Ela é taxativa em defender sua inspiração e em recusar alterações posteriores. Coloca-se como único instrumento de revelação escrita à humanidade.

• “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nadaacrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado menti-roso” (Pv 30.5,6).
• “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Is 8.20).
• “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).
• “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hb 1.1).
• “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Ap 22.18,19).

Não existe lugar no cristianismo para concordância com os diversos livros sagrados das mais variadas religiões e seitas. Duas afirmações contraditórias não podem estar certas, ao mesmo tempo. As proposições bíblicas se chocam com as proposições dos livros sagrados das religiões orientais. Se para as religiões de origem oriental isso não faz diferença, para o pensamento cristão sim. A Bíblia, por sua inspiração, é o único livro que merece ser considerado a Palavra de Deus!

Separando o joio do trigo

Claro que não podemos nos tornar xenófobos2, temendo e discriminando tudo o que vem do Oriente. O intercâmbio entre o Leste e o Oeste é útil, inevitável e necessário. Mas temos de ser total-mente conscientes do conteúdo daquilo com o que estamos travando contato. É como um filme ou um livro. Teremos de assisti-lo ou lê-lo, mas cabe entender como o seu conteúdo está atingindo nossa maneira de ver e de pensar. A melhor solução não é o ascetismo, o isola-mento, mas o discernimento que vem com o conhecimento e a reflexão: “Examinai tudo. Retende o bem” (1Ts 5.21).

Nem tudo o que é do Oriente é mau, assim como nem tudo o que é do Ocidente é bom. Mas tudo o que vem da Palavra é bom e ela deve ser a nossa “peneira”, com a qual distinguiremos a verdade da mentira. A tolerância é sempre uma faca de dois gumes. Quando ausente, leva o homem a conflitos desnecessários. Quando excessiva, leva-o a perder a identidade. E perder a identidade é algo que a Igreja de Jesus Cristo não se pode permitir, de forma alguma.



Cara irmã, caro irmão bons dias!. É com muito amor e muita alegria que anuncio: "A Vinda de nosso Deus está próxima". Ele Vem com poder, para que se cumpra o que está escrito. Façamos nossa liturgia diária. Hoje, leiamos o Livro de Eclesiástico(Eclo.), capítulo 47 e versículos do 01 ao 13. Salmo(Sl.) 17. Evangelho de São Marcos, capítulo 06 e versículos do 30 ao 34. Ótima leitura, lembrando que amanhã ou Domingo, estás convidada(o) a entrar na casa de Meu Pai



EU OUVINDO ESSA CANÇÃO,COMEÇO A PENSAR QUE O VERDADEIRO ADORADOR, É O QUE ADORA A DEUS EM ESPÍRITO E VERDADE, COM SUA CONDUTA INTEGRA,COM SUAS VESTES LAVADA NO SANGUE DO CORDEIRO, COMO NOS TORNAMOS PESSOAS INVENCÍVEIS, QUANDO NOS TORNAMOS UM VERDADEIRO ADORADOR.



MEDITAÇÃO TRANSCEDENTAL


A segunda vinda de Cristo é aguardada com ansiedade pelos cristãos. Em seu sermão profético, em Mateus 24, Jesus fez várias advertências para os últimos dias. Disse Ele: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane; porque muitos virão no meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (v. 4,5). Paralelamente à expectativa desse acontecimento, que é chamado de a “bem-aventurada esperança” (Tt 2.13), o cristão deve manter-se vigilante, para que não aceite um falso cristo no lugar do verdadeiro Cristo, chamado na Bíblia de o “Príncipe da Paz”.

Em Apocalipse 19.11 em diante, lemos sobre a majestade do Cristo verdadeiro em sua segunda vinda: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia, senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus”.

Em seguida, trava-se a batalha do Armagedom (v. 17-21), e Cristo sai vitorioso. Satanás é preso e lançado no poço do abismo (Ap 20.1-3) e, por fim, tem início o reino milenial de Jesus Cristo: “... e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.4).

Falsa promessa de paz mundial

Em cumprimento às palavras proféticas de Jesus sobre o surgimento dos falsos cristos, o jornal O Estado de São Paulo, em sua edição de 30 de agosto de 2002, publicou a seguinte manchete: “A paz mundial dá lucro. O guru dos Beatles que o diga”.

O maharishi (líder espiritual) Mahesh Yogi, famoso na década de 60 por ser o guru dos Beatles, tem um novo projeto: vai produzir a paz mundial e lucrar com isso.

Seu plano é o seguinte: construirá três mil “palácios da paz” em todo o mundo. Em cada palácio, centenas de seus seguidores estarão empenhados, em tempo integral, em “vôos iogues”, ou seja, versões avançadas de Meditação Transcendental. Os meditadores saltarão em torno do salão, sentados em posição de lótus. Essa prática, segundo Yogi, envia poderosas vibrações positivas que reduzem o estresse, o crime e a violência. Com centenas de pessoas fazendo vôo iogue em três mil lugares diferentes, a paz surgirá em todos os lugares.

Em 2001, após os ataques de 11 de setembro nos EUA, o maharishi informou que se algum governo lhe desse US$ 1 bilhão ele acabaria com o terrorismo e criaria a paz contratando 40 mil voadores iogues para começarem a saltar em tempo integral. Nenhum governo quis pagar para ver, o que claramente o irritou.

Embora irritado, ele não desistiu: “Vou implantar esses grupos, que criarão coesão em todos os países”. Por meio de títulos emitidos pelo País Global da Paz Mundial, fundado por ele como uma nação virtual sem um território real, Yogi pôs à venda títulos que pagarão juros de 6% a 7%. Um de seus seguidores, Sam Katz, explicou o plano: “cada Palácio da Paz será rodeado por uma fazenda de cultura orgânica para produzir alimentos que gerarão lucros que pagarão os detentores dos títulos”.

Acredite se quiser, mas o que é esse movimento conhecido como Meditação Transcendental?

O que é a meditação transcendental?

Meditação Transcendental (MT) é uma seita de origem hinduísta. A palavra transcendental significa “o que transcende ou ultrapassa as coisas sensíveis para atingir o âmago do ser a fim de conseguir paz e felicidade interior”. Consiste numa técnica mental que leva a pessoa primeiramente a procurar se colocar em estado de relax ou distensão interior. O indivíduo tenta esquecer todas as realidades sensíveis e esvaziar a mente de todas as imagens materiais que habitualmente o distraem.

A maior parte de suas práticas e ensinos deriva do hinduísmo. Procura despistar a opinião pública ocidental de que não se trata de uma seita, mas apenas uma técnica de exercício mental. Para isso, a MT mudou sua personalidade jurídica para Ciência da Inteligência Criativa (CIC). Essa providência não surtiu efeito, pois o Tribunal Federal de New Jersey, em 1977, ainda assim reconheceu a CIC/MT como uma seita hinduísta.

O fundador

Seu fundador é conhecido pelo nome de Maharishi Mahesh Yogi. Mas Yogi nasceu em 1911, em Jabalpur, Madhya Pradesh, norte da Índia, com o nome de Madhya Brasad Warma. Freqüentou a Universidade e, com sucesso, formou-se em física, em 1942. Logo depois de diplomar-se, conheceu Swami Brahmananda Saraswati, Jagadguru e Bhagovan Shankaracharya, também conhecido como guru Dev, que se tornara um avatar sob os ensinamentos de Swami Krishanand Saraswati.

Durante a década seguinte, Yogi uniu-se ao guru e logo se tornou seu aluno mais importante. Com a morte do guru Dev, em 1953, Yogi se retirou para meditação nas montanhas do Himalaia, onde permaneceu por dois anos.

Em 1958, Yogi levou sua seita para a América e começou a ensinar em Los Angeles. Mais tarde, com adesão do grupo musical conhecido como os Beatles, a seita de Yogi experimentou grande crescimento.

O ritual de iniciação

A pessoa é convencida a encontrar-se a si mesma por meio do ritual de iniciação e isso se dá quando ela recebe o seu mantra.1 Normalmente, a pessoa não entende uma palavra do que vai repetir por várias vezes na língua sânscrita.

Na iniciação, a pessoa se posta diante de um altar com a figura do guru Dev. Então, a cerimônia tem início. O desenvolvimento consta de três fases. A saber:

Recitação de nomes

São nomes de mestres por meio dos quais o santo conhecimento dos mantras da MT tem passado. Todos os nomes são considerados como deuses e dignos de adoração. Reverentemente, são denominados de: “Redentor”, “Emancipador do mundo”, “Supremo mestre”, “O puro” e “Adornado com imensurável glória”. Esses títulos constituem verdadeira blasfêmia, pois pertencem exclusivamente ao Deus da Bíblia. O iniciante, entretanto, desconhece essa situação.

Oferendas

São 17 itens ao todo. Dentre eles, os mais oferecidos, freqüentemente: flores, frutas frescas e lenço branco novo.

“Ao oferecer um lugar aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.

“Ao oferecer uma ablução aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.

“Ao oferecer uma flor aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.

“Ao oferecer luz aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.

“Ao oferecer água aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.

Hinos de louvor e adoração

Os hinos são oferecidos ao guru Dev, considerado como deus na mesma glória dos outros deuses hindus, como, por exemplo, Brahama, Vishnu e Shiva. O iniciante é convidado a seguir o exemplo do seu guru e inclinar-se perante ele.

“Guru que está na glória de Brahma, guru que está na glória de Vishnu, guru que está na glória do grande Senhor Shiva, guru que está na glória da plenitude transcendental personificada de Brahma, ante o Shri Guru Dev, adornado de glória, me inclino”.

As crenças religiosas

Sendo a MT de natureza religiosa e ligada ao hinduísmo, sua teologia contrasta abertamente com o cristianismo. Vejamos os pontos conflitantes:

Deus

O ensino da MT diz que Deus é impessoal e faz parte da própria natureza. Doutrina classificada como panteísmo. Ou seja, Deus é tudo e tudo é Deus. Declara Yogi: “O divino transcendental, onipresente, é, por virtude de sua onipresença, o Ser essencial de todos nós. Forma a base de todas as vidas; não é outro senão o nosso próprio ser ou Ser. Deus é impessoal e mora no coração de cada ser. Tudo o que há na criação é manifestação do ser impessoal absoluto e não manifesto. Cada pessoa é, em sua verdadeira natureza, o Deus impessoal”.

O conceito de Deus e do homem na MT é completamente diferente do conceito oferecido pela Bíblia em relação a Deus e ao homem.

Deus é essencialmente distinto do homem, pois Deus é o Criador (Gn 1.1,26), enquanto o homem é apenas um ser criado. O salmista Davi exaltava a Deus por sua criação e reconhecia sua fragilidade como ser humano: “Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos homens [...] Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando” (Sl 90.3,10).

Por outro lado, Isaías fala da eternidade de Deus como um ser imutável: “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não têm nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (40.28-31).

Reencarnação

Após várias encarnações, com o propósito de se tornar espírito puro e alcançar esse estado, cessam os renascimentos. Com isso, a pessoa se liberta da lei do carma e entra em fusão com a divindade Brahma. Para a frustração dos que assim crêem, certo é que ninguém tem lembrança dos pecados cometidos em existências anteriores e, daí, não poder se arrepender e corrigir-se dos erros cometidos. A salvação no cristianismo foi trazida por Jesus (Jo 3.16-18,36;5.24). Para realizar a obra da redenção do homem, Jesus morreu por nós (Rm 5.8), levando em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro (1Pe 2.24) e, por fim, ressuscitou vitoriosamente e ascendeu aos céus, assentando-se à destra de Deus (At 1.9-11).

Jesus Cristo

Diz Maharishi Mahesh Yogi: “Como não entendo a vida de Cristo nem compreendo sua mensagem, não creio que realmente tivesse sofrido em alguma época de sua vida; nem mesmo pudesse sofrer [...] É lamentável que se fale de Cristo em términos de sofrimento [...] Aqueles que confiam na sua obra redentora por meio do sofrimento na cruz possuem uma interpretação equivocada da vida de Cristo e de sua mensagem”.

Como homem natural, não regenerado, Yogi não pode mesmo entender a vida e a obra de Cristo como Salvador e Senhor (1Co 2.14). A Bíblia declara que o propósito principal de Jesus ter vindo ao mundo foi salvar o mundo por sua morte na cruz. “... o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28). “Porque o Filho do homem veio para buscar e salvar o que se havia perdido”( Lc 19.10). “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15).

Meditação bíblica

A meditação bíblica é diferente da meditação transcendental. Enquanto esta, como a própria palavra define, é ir além da própria consciência, a meditação bíblica não é voltada para o interior do homem, vai mais além.

Os homens de Deus do passado tiveram momentos de êxtase espiritual ao meditarem na grandeza do Deus, na grandeza dos seus feitos e na sua palavra escrita.

“Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!” (Sl 19.30).

“Meditarei também em todas as tuas obras, e falarei dos teus feitos” (Sl 77.12).

“Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos” (Sl 143.5).

“O coração do justo medita no que há de responder, mas a boca dos ímpios jorra coisas más” (Pv 15.28).

Como já expusemos, a MT é uma seita hinduísta e está familiarizada com literaturas como Vedas2 e Bhagavah-gita3, mas interessada em fazer discípulos no mundo ocidental faz citação do Sl 1.2 para dar apoio à meditação. Entretanto, o Salmo em pauta indica outro tipo de meditação:

“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”.

O objetivo da meditação bíblica é a comunhão com Deus: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Cl 3.1,2). O meio usado é a palavra de Deus: “Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos” (1Tm 4.15). E de modo racional: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).

A paz sem preço

Os profetas bíblicos vaticinaram sobre o futuro rei do universo que traria paz verdadeira à humanidade, e gratuitamente: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos exércitos fará isso” (Is 9.6,7).

“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5).

Quando Jesus nasceu vieram os magos do Oriente a Jerusalém e foram à casa de Herodes perguntar pelo rei que traria a paz, dizendo: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra” (Mt 2.2,11).

Mais tarde, diante de Pilatos, Jesus não negou sua condição de rei: “Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade” (Jo 18.37). Mas Jesus explicou que o seu reino seria ainda futuro. Quanto a esse assunto, vejamos o que diz Apocalipse: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (11.15).

Bibliografia:

MCDowell, Josh – Estúdio de Las Sectas, Editora Vida
Mather, George A – Dicionário de religiões, crenças e ocultismo, Editora Vida
Melo, Fernando dos Reis – Religião & religiões, Editora Santuário

Notas:

1 Mantra: uma ou mais palavras que se repetem freqüentemente por meio do canto ou não.
2 Vedas: grande conjunto de literatura sagrada hindu, compilado entre os anos 1500 e 1200 a.C. Esta coleção consiste de três Vedas (conhecimento) – Rigveda, Samaveda e Yajurveda. Posteriormente, foi acrescentada uma quarta, chamada Atharvaveda. Há três seções principais de exposição literária nos vedas. São as Brahmanas, Aranyakas e Upanixades.
3 A “Canção Sagrada”. Talvez seja a jóia mais preciosa da literatura hindu e indiana; contém os elementos mais importantes do pensamento hindu. O Bhagavad Gita, com certas ramificações, representa para o hinduísmo o que a bíblia é para o cristianismo.




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