quinta-feira, 5 de novembro de 2015

ENTENDO A PARABOLA DO SEMEADOR...


A PARÁBOLA DO SEMEADOR
Para começar, vamos a um texto muito conhecido, que é a parábola do semeador, descrita em 3 dos 4 evangelhos. Vamos ler aqui o registro de Lucas:
Lucas 8:5-8, 11-15
“Saiu o semeador a semear a sua semente. E quando semeava, uma parte da semente caiu a beira do caminho; e foi pisada, e as aves do céu a comeram. Outra caiu sobre pedra; e, nascida, secou-se porque não havia umidade. E outra caiu no meio dos espinhos; e crescendo com ela os espinhos, sufocaram-na. Mas outra caiu em boa terra; e, nascida, produziu fruto, cem por um.” Dizendo ele estas coisas, clamava: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça...É, pois, esta a parábola: A semente é a palavra de Deus. Os que estão a beira do caminho são os que ouvem; mas logo vem o Diabo e tira-lhe do coração a palavra, para que não suceda que, crendo, sejam salvos. Os que estão sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; mas estes não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, mas na hora da provação se desviam. A parte que caiu entre os espinhos são os que ouviram e, indo seu caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas, e deleites desta vida e não dão fruto com perfeição. Mas a Verdades Bíblicas http://www.jba.gr/Portuguese/
que caiu em boa terra são os que, ouvindo a palavra com coração reto e bom, a retêm e dão fruto com perseverança.”
Nós temos nesta parábola, todos resultados possíveis com relação a semente da Palavra de Deus. Como vemos na primeira situação conforme descrita na passagem, a Palavra nem mesmo penetrou no coração daqueles ouvintes. Eles não acreditavam na Palavra. Por outro lado, na segunda e terceira situação, a Palavra foi recebida no coração dos ouvintes, mas nenhum deles deu fruto. O por que disto, nós veremos nas seções seguintes. Por fim, a quarta categoria de solo, ou coração, foi a única que realmente ouviu e recebeu a Palavra e deu frutos. Neste capítulo, nosso foco será na segunda e terceira categorias descritas na parábola, porque muito se relacionam com o tema deste livro.
2.1. “AS QUE CAÍRAM SOBRE A PEDRA”
Quanto a segunda categoria nós lemos:
“As que caíram sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; mas estes não têm raízes, apenas crêem por algum tempo, mas na hora da provação se desviam.”
As pessoas inclusas nesta categoria creram? A resposta do Senhor é sim, eles creram. Eles “creram por um tempo”, Ele disse. Então, notamos imediatamente que fé tem uma dimensão de tempo. Em outras palavras, o fato de alguém crer não significa necessariamente
continuar crendo até o fim de sua vida. Pode ser que a pessoa em questão tenha crido, mas “por algum tempo.” Uma vez que este “tempo” conforme mencionado, tenha se encerrado, esta pessoa não permanecerá na fé como aconteceu com as pessoas descritas nesta categoria de acordo com a passagem. Eles começaram bem, mas depois de “um tempo”, durante o tempo da tentação, ou perseguição por causa da Palavra (Marcos, 4:7) eles se desviaram. Muitos exemplos de pessoas que se enquadram nesta categoria vem a memória: pessoas que ouviram a Palavra, a aceitaram e depois partilharam a Palavra com seus parentes e amigos, mas foram rejeitados por eles. Ao invés de permanecer, eles desistiram e abandonaram a fé. Outros que tiveram um começo brilhante. Então uma tentação se levantou (pode ser qualquer coisa) e eles desistiram, ficando portanto ofendidos com Deus e Seu povo, e também partiram. Estas pessoas creram um dia, mas deixaram de crer. Na verdade a palavra em grego traduzida como “desviar, cair” é originalmente “aphistemi”, o que significa “ se retirar de algo ou de alguma coisa; deixar, cair, apostatar (Dicionário Vine). Então realmente, é possível que pessoas que uma vez creram, abandonem a fé, apostatem, devido a uma tribulação, ou tentação por causa da Palavra. Isto é exatamente o que aconteceu com a segunda categoria descrita na parábola do semeador. Deus foi em um determinado tempo a escolha na vida dessas pessoas, mas eles O deixaram, abandonaram a fé.
A pergunta crítica que se levanta neste momento é: Se estas pessoas não se arrependerem e voltarem a fé original, elas ainda assim serão salvas? Se nós acreditarmos na doutrina que estabelece “uma vez salvo sempre salvo”, elas serão salvas porque elas haviam crido anteriormente. O problema no entanto, é que a fé não é algo estático, algo que uma vez adquirido em algum momento, estará garantido que alguém nunca a deixará. Diferentemente disto, a fé possui uma dimensão temporal. E quando as pessoas desistem da fé, acreditando, mas apenas “por um determinado tempo”, eles desistem do que lhes foi prometido devido a sua fé, que é a salvação, a vida eterna. Porque verdadeiramente a salvação não é apenas pela graça, mas “pela graça por meio da fé.” A parte de Deus se refere a Graça, e a nossa parte se refere a fé. Ambas as condições têm que ser mantidas, e Deus sempre é fiel quanto a parte que Lhe cabe. Mas seja quem for que deixe a fé, olhando para trás, deixa para trás tudo que foi adquirido junto com a fé, incluindo, especificamente a promessa da salvação. O Novo Testamento tem diversas passagens que deixam isto muito claro e o propósito deste livro é trazê-las à tona.
Na tentativa de explicar as passagens mencionadas acima, alguns alegam que as pessoas enquadradas na segunda categoria conforme descritas na parábola do semeador nunca creram verdadeiramente. Eles defendem a ideia de que se estes tivessem realmente crido originalmente, nunca teriam caído e deixado de crer posteriormente. Mas obviamente esta concepção contradiz o que o próprio Senhor nos diz quando Ele explica esta parte da parábola. De acordo com Ele: “Os que caíram sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; mas estes não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, mas na hora da provação se desviam.” Essas pessoas receberam a Palavra exatamente como eu e você: com alegria. E eles creram na Palavra. O Senhor não disse que eles fingiram acreditar, nem disse que fingiram aceitar a Palavra com alegria. Ao contrário, a fé dessas pessoas eram originalmente genuínas e real. Contudo, não durava. Ela durou apenas por um determinado tempo (Mateus 13:21). Então foi a duração da fé que foi o problema com essas pessoas e não se a fé existiu ou não no começo. Porque verdadeiramente eles creram, MAS apenas “por um tempo.”
Talvez isto possa explicar a agonia de Paulo ao saber sobre a situação da fé dos Tessalonicenses perseguidos ( 2 Tessalonicenses 1:4). Quando ele lhes diz:
1 Tessalonicenses 3:1-8
“Pelo que, não podendo mais suportar o cuidado por vós, achamos por bem ficar sozinhos em Atenas, e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus no evangelho de Cristo, para vos fortalecer e vos exortar acerca da vossa fé; para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmo sabeis que para isto fomos destinados; pois, quando estávamos ainda convosco, de antemão vos declarávamos que havíamos de padecer tribulações, como sucedeu, e vós o sabeis. Por isso também, não podendo eu esperar mais, mandei saber da vossa fé, receando que o tentador vos tivesse tentado, e o nosso trabalho se houvesse tornado inútil. Mas agora que Timóteo acaba de regressar do vosso meio, trazendo-nos boas notícias da vossa fé e do vosso amor, dizendo que sempre nos tendes em afetuosa lembrança, anelando ver-nos assim como nós também a vós; por isso, irmãos, em toda a nossa necessidade e tribulação, ficamos consolados acerca de vós, pela vossa fé, porque agora vivemos, se estais firmes no Senhor.”
Duas vezes em apenas algumas linhas Paulo fala de sua agonia. Ele sabia que os cristãos estavam sob perseguição e ele estava ávido em Verdades saber como estava a fé deles. Eles estavam firmes na fé? Quais eram as novidades sobre a fé deles? Boas ou ruins? Esta era a questão e Paulo esperava de Timóteo uma resposta. Portanto, fé não é algo imutável; alguma coisa que uma vez adquirida por você, está garantido que você a terá para sempre. Se fosse assim, Paulo não se preocuparia. Ou seja, se fosse desta forma, uma vez que eles haviam acreditado originalmente, eles sempre estariam na mesma fé, independentemente das tentações e perseguições. Mas não é assim. O propósito do tentador, o diabo, é de tentar a nossa fé, para que nos desviemos de Deus e seu povo, e finalmente abandonemos a fé. Resumindo, o propósito dele é nos devorar ( 1 Pedro 5:8). O fato de termos conseguido nos manter firmes diante da tribulação, não significa que faremos o mesmo depois de vivenciarmos a tribulação e a tentação. Temos que decidir. Deus vai nos apoiar e segurar, mas também temos que nos manter firmes, temos que decidir ficar com Ele, independentemente de quaisquer circunstâncias. Alguns fazem isto, mas outros não. Aqueles que não o fazem, caem, e se desviam da fé. Eles podem não dizer publicamente, mas na verdade eles não se importam mais. Eu acredito que qualquer um que professe a fé por algum tempo sabe de alguns exemplos parecido. Mas, passemos agora para a terceira categoria da Parábola do semeador.
2.2. “E ALGUMAS CAÍRAM ENTRE OS ESPINHOS”
Vamos prosseguir agora para aqueles retratados na terceira categoria: estes são aqueles que ouviram a Palavra, mas “indo em seu caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas, e deleites desta vida e Verdades Bíblicas

não dão fruto com perfeição1.” Não significa que estas pessoas não receberam a Palavra. Aqueles que não receberam a Palavra porque não a entenderam e Satanás imediatamente a roubou estão descritos na primeira categoria. Ao contrário, estes descritos na terceira categoria tinham um coração aberto para a Palavra, mas também tinham – ou adquiriram ao longo da caminhada – um coração voltado para as coisas do mundo, especificamente os prazeres e cuidados deste mundo e o engano das riquezas. Estes são os espinhos que sufocaram a Palavra e a deixaram infrutífera. Embora vejamos que não basta ter a Palavra para produzir fruto. A Palavra por si só não se torna frutífera se os inimigos da Palavra - o cuidado deste mundo - (ou seja, se importar com as coisas que o mundo considera importante2), o engano das riquezas e os prazeres desta vida, não forem arrancados. Se não arrancarmos estas raízes o resultado será um cristão infrutífero, mundano. Ele pode ter recebido a Palavra originalmente e ter conhecimento da mesma, mas não há fruto em sua vida. Os cuidados do mundo que não foram deixados e desconsiderados fizeram este cristão infrutífero.
Realmente, como o Senhor deixou absolutamente claro é impossível servir a dois senhores. No longo prazo um deles terá que ser deixado:
Lucas 16:13
 “Nenhum servo pode servir dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar ao outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.”
E como Ele nos alerta novamente em Lucas 21;34:
“Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço.”
E também João nos diz:
1 João 2:15-17
“Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre.”
E Tiago, chamando aqueles adúlteros e adúlteras que se entregam às coisas do mundo, diz:
“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”
Um adúltero é aquele que é casado com alguém, mas corre atrás ou cobiça alguém. Aqueles que correm atrás do mundo, em busca dos Verdades

cuidados deste mundo, as riquezas, a dissipação e os prazeres da vida são também chamados de adúlteros. Por quê? Porque eles abandonaram Cristo, o noivo, e correram atrás do mundo.
De volta à parábola do semeador, aqueles mencionados na terceira categoria da parábola do semeador seguiram as riquezas ou serviam a dois senhores ( cuidados e prazeres deste mundo, etc.) e sendo assim, não podem servir também a Cristo.
Agora, a pergunta crítica é: Tais pessoas enquadradas nesta categoria de cristãos, que não dão frutos, permanecendo neste estado e não se arrependendo, poderão ainda entrar no Reino? Colocando de outra maneira: realmente importa, no que se refere a salvação, se a fé de alguém é ou não frutífera? Ou está tudo bem se alguém permite que a Palavra de Deus seja sufocada, e finalmente morta, pelo amor desta pessoa pelo mundo e suas paixões? É aceitável que alguém confesse a Jesus como seu Senhor e depois o abandone para servir a outros senhores? O que vai acontecer neste caso? Nós não precisamos pensar muito para obter a resposta. O próprio Senhor respondeu a esta pergunta há mais de 2000 anos atrás e nós fazemos muito bem em prestar atenção à Sua resposta. A propósito, a Sua resposta claramente se aplica também àqueles da segunda categoria desta parábola, ou seja, aqueles que acreditaram, “por um tempo”:
João 15:1-8
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor. Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma Verdades Bíblicas não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem não permanece em mim é lançado fora, como a vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e queimadas. Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.”
Eu creio que a resposta do Senhor não deixa espaço para dúvidas: a única forma de dar fruto é permanecer na videira, nEle. Pessoas que não dão fruto, não estão firmes na videira. E se isto não mudar, elas serão recolhidas como galhos secos e no fim, como diz o Senhor, serão queimadas. O que isto representa para aqueles da 3ª categoria (e também da segunda categoria) mencionada na parábola do semeador? Isto significa que se eles não se arrependerem, voltando a estar firmes na videira, e desta maneira produzindo os frutos que identificam um verdadeiro discípulo de Cristo, eles terão o mesmo fim dos galhos secos mencionados acima, ou seja, eles serão “recolhidos, lançados no fogo e queimados.” Eu sei que posso ter ofendido a alguns leitores neste ponto, mas fui eu quem disse isto? Não, eu não disse. Ao contrário é algo que o Senhor disse, falando aos Seus discípulos mais próximos, e na noite de sua prisão. Agora, o que Ele disse foi uma surpresa? O que Ele disse foi alguma coisa bizarra? Não, quando entendemos que um cristão verdadeiro NÃO é aquele que faz sua confissão de fé em Jesus e depois na prática abandona sua fé, ou na verdade nunca pratica o que havia confessado. Pelo contrário, um verdadeiro cristão é aquele que tenta viver, praticar a sua fé que uma vez fez, mesmo com todos os erros, desacertos e tropeços que venham a Verdades Bíblicas acontecer vivenciando sua caminhada. Se Jesus não for verdadeiramente nosso Senhor, embora o tenhamos confessado como Senhor de nossas vidas no passado, então é óbvio que não fomos honestos em nossa confissão originalmente, ou ela foi feita de modo genuíno no passado, mas não mais corresponde a nossa realidade no presente. Há apenas uma forma de medir se aquilo que confessamos é ou não verdadeiro: o fruto que nós produzimos em nossas vidas. E este só é possível se estivermos atados à Videira Verdadeira, que é Cristo. Vemos na passagem acima de João 15 o Senhor nos dizer: “esse dá muito fruto”– ou seja, QUE DEIS MUITO FRUTO - e assim sereis meus discípulos.” Portanto o fruto que produzimos é a prova se somos ou não verdadeiros discípulos de Cristo.
Na verdade o Senhor indicou este mesmo parâmetro, quanto ao fruto produzido, para nos ajudar a discernir entre os verdadeiros e falsos profetas:
Mateus 7:15-20
“Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Muitos estão com medo de falar sobre o fruto, porque acham que isto minimiza a importância da graça. Mas isto não é verdade. Poderá uma macieira não produzir maçãs? Árvores produzem frutos, e uma Verdades Bíblicas vez cuidada, a semente da Palavra faz exatamente o mesmo: produz fruto. A fé vem primeiro, em seguida vem o fruto. O que pode ser mais estranho do que árvores que são supostas a dar frutos ainda permaneçam infrutíferas, que não produzem frutos? Podemos chamar tais árvores de saudáveis? Se você tivesse uma árvores destas no seu jardim e esperasse que ela desse fruto, como Deus espera que nós produzamos frutos, você diria que “isto não tem importância”? Acho que não.
Dar fruto é absolutamente natural para um Cristão e é absolutamente estranho quando falta. Como Efésios 2:8-10 deixa claro:
Efésios 2:8-10
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.”
Nós não fomos salvos por obras, entretanto nós fomos criados para as boas obras. ”Ser criado para” significa que este é o nosso propósito, nosso destino. Dizendo de outro modo: carros são criados para levá-lo do ponto A para B. Os trens são “criados para” correr nos trilhos. A macieira “é criada” para produzir maçãs. De maneira análoga, “nós fomos criados em Jesus Cristo para as boas obras.” Assim sendo, Boas obras e fé andam lado a lado. Não faz realmente nenhum sentido dizer que cremos, que andamos em fé, e não importa se produzimos os frutos associados àqueles que estão na fé. É como dizer que temos um carro mas não importa se ele funciona ou não. Todos nós sabemos que isto importa. Verdades Bíblicas As obras, sendo fruto de uma fé genuína, importam sim, e Tiago deixa isto claro em sua epístola:
Tiago 2:14-17
“Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano. e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.
“A fé, se não tiver obras é morta em si mesma”, exatamente como o corpo sem o espírito é morto. Dizendo de outro modo, na verdade não existe falta de frutos, mas sim falta de fé verdadeira. A fé infrutífera é uma fé morta, e está claro que esta fé não leva alguém ao Reino de Deus!
Atendo-se um pouco mais quanto a questão crucial das obras, Paulo expressa várias vezes:
Tito 2:13-14
“aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras.”
Tito 3:1
“Adverte-lhes que estejam sujeitos aos governadores e autoridades, que sejam obedientes, e estejam preparados para toda boa obra” Verdades Bíblicas 2 Timóteo 2:20-21
“ Ora, numa grande casa, não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de madeira e de barro; e uns, na verdade, para uso honroso, outros, porém, para uso desonroso. Se, pois, alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e útil ao Senhor, preparado para toda boa obra.”
E em 2 Timóteo 3:16-17
“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.”
As Escrituras, não existem para nos dar um conhecimento racional. Não existe para fazer do homem de Deus um teólogo teórico. A Bíblia está aqui para fazer o homem de Deus completo, frutífero, equipado para efetivar aquilo para o qual foi destinado: para toda boa obra.
Retornando a parábola do semeador, apenas a quarta categoria descrita na passagem produziu fruto:
“Mas outra caiu em boa terra; e, nascida, produziu fruto, cem por um....” Quanto a que caiu em boa terra, corresponde àqueles que ouvindo a palavra com coração reto e bom, a retêm e dão fruto com perseverança.”
A segunda e terceira categorias correspondem àqueles que ouviram a Palavra mas não a retiveram firme em seus corações. Mas Verdade esta categoria descrita, ouviu a Palavra e os mesmos se mantiveram fiéis com um coração bom e honesto, e produziram frutos com perseverança. Portanto, para produzir fruto, devemos reter a Palavra firmemente, ouvindo a Palavra com coração reto e bom, e dando fruto com perseverança. Esta é a chave. Se depois de recebermos a Palavra, permitirmos que outras coisas nos afastem da videira, então não produziremos fruto. Guardar o nosso coração com toda vigilância (exatamente como nos diz Provérbios 4:23), arrependendo-se de toda má obra, e renovando a sua mente para aquilo que a Palavra de Deus diz, é portanto crucial para que Palavra produza resultados.

Fechando este capítulo: Que todos nós possamos estar incluídos na quarta categoria e que nunca deixemos de estar firmes nesta posição. E também que todo aquele entre nós que não esteja nesta categoria possa voltar a posição correta, estando firme na videira e produzindo cada vez mais fruto para a glória a Deus, cujos frutos produzidos mostrem os discípulos que verdadeiramente somos. Que nós possamos nos examinar, e vendo espinhos, que corramos a extirpá-los, ao invés de simplesmente nos convencermos que podemos viver com eles. Nós não podemos fazer isto. São eles ou o Senhor. Um dos dois terá que ser deixado e nós temos que decidir qual escolheremos.

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Moisés gastou: 40 anos pensando que era alguém; 40 anos aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com um NINGUÉM.

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